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Toyota Yaris Cross: SUV tem vendas suspensas após fraude em testes
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Toyota Yaris Cross: SUV tem vendas suspensas após fraude em testes

Toyota e submarca Daihatsu são acusadas de fraudar testes de segurança na Ásia; vendas do SUV Yaris Cross e outros 64 modelos estão suspensas

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de dez, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Toyota Yaris Cross
Toyota Yaris Cross tem vendas suspensas na Ásia por suspeita de fraude em teste de colisão
Crédito:Toyota/Divulgação

Em abril deste ano, os executivos da Toyota e da Daihatsu, sua submarca de baixo custo, reconheceram que a empresa fraudou testes de impacto na Ásia. Desde então, a marca japonesa vem investigando a situação. O ocorrido se tornou público após uma denúncia de que a subsidiária aplicou reforço estrutural nas portas dos exemplares submetidos a testes de colisão. No entanto, o problema é que o material não está presente nas unidades de produção em série, entregues aos clientes.

Pois agora, essa história enfrenta mais um capítulo. Inicialmente, apenas o Toyota Raize e o Daihatsu Rocky tiveram as vendas suspensas. Ambos, aliás, utilizam a mesma plataforma DNGA da Daihatsu, que é uma versão mais simples da base TNGA usada pela dupla Corolla sedã e Corolla Cross. Mas agora, outros modelos e submarcas estão com produção paralisada. E essa lista inclui, por exemplo, o Yaris Cross, SUV que está previsto para estrear no Brasil em 2024. Bem como o Yaris sedã vendido na Ásia.



SUVs Toyota Raize
Toyota/Divulgação

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De acordo com o levantamento da Toyota, ao todo, a crise da fraude nos testes de segurança afetou mais de 64 modelos. Além disso, além dos modelos da Daihatsu, outras marcas que compartilham tecnologias e plataformas também vão sofrer com as vendas paralisadas. Esse é o caso de Mazda, Perodua e Subaru, por exemplo.

Situação não afeta o Brasil

Antes de tudo, é importante destacar que a denúncia não afeta o mercado brasileiro. Isso porque a atual linha Yaris, disponível nas versões hatch e sedã, utiliza plataforma diferente. Segundo o presidente-executivo da Toyota na Ásia, Masahiko Maeda, houve pressa no lançamento dos modelos envolvidos. Além disso, assim que a Daihatsu descobriu o problema, foi feita a denúncia aos órgãos responsáveis. Em seguida, a entrega dos veículos foi suspensa. Assim, os testes serão refeitos e as vendas serão retomadas caso os modelos sejam aprovados.

Toyota passa por investigações

No entanto, a situação não é tão simples. De acordo com a investigação, a identificação da fraude aconteceu durante a inspeção interna. O problema, aliás, foi no teste de colisão lateral, que simula acidentes contra postes. Esse teste, segundo o órgão de segurança nacional, deve acontecer dos dois lados do veículo. Mas, tudo indica que a marca não seguiu o padrão exigido.


Toyota
Toyota/Divulgação

Além disso, alguns relatórios independentes indicam que a manipulação dos testes de segurança já acontece desde 1989. Seja como for, o Ministério dos Transportes no Japão está à frente da investigação para entender se existem mais violações. “Começamos a inspeção no local para descobrir se o relatório apresentado pela Daihatsu é verdadeiro e se há qualquer outra irregularidade”, disse um dos responsáveis do órgão oficial, Nobuhito Kiuchi.

A Toyota e a Daihatsu falaram, em comunicado oficial, que toda essa situação é uma “grave violação da confiança do consumidor”. E seguiu: “Gostaríamos de expressar nossas sinceras desculpas pela inconveniência e preocupação que isso causou a todas as partes interessadas, incluindo os clientes”.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.