A crise dos chips atrasou em cerca de seis meses o lançamento do novo Chevrolet Equinox, mas o SUV médio acaba de desembarcar no Brasil com novas versões e tecnologias. O modelo vem renovado do México em duas versões. Além da topo de linha Premier, com preço de R$ 221.990, tem agora a opção RS – de visual mais esportivo – como versão de entrada por R$ 204.990. O Jornal do Carro acelerou o utilitário, que mantém o motor 1.5 turbo de 172 cv e o câmbio automático de seis marchas. A tração pode ser dianteira ou integral.
No geral, o novo Equinox manteve as proporções e linhas da geração anterior. Assim, mede 4,65 metros de comprimento por 1,84 de largura, e tem entre-eixos de 2,72 m. Com tais medidas, o espaço interno é amplo e o seu porta-malas tem capacidade de 468 litros – é um dos maiores da categoria ao lado do Volkswagen Taos, com 498 litros no compartimento. Segundo a marca, caso os bancos sejam rebaixados, o volume passa a 930 litros.
O que mudou?
O destaque do design fica na dianteira, onde o Equinox ganhou uma grade menor redesenhada com linhas horizontais, novo para-choque com entradas de ar maiores e faróis full LEDs separados em dois níveis. Nas laterais, destaque para as rodas de liga leve de 19 polegadas. Já na traseira, as lanternas têm nova assinatura de luzes, também com LEDs.
As versões apresentam diferenças visuais. Enquanto a Premier tem uma aparência mais sofisticada, com acabamentos cromados nas grades e janelas, a RS tem estilo mais esportivo. Dessa forma, traz os detalhes escurecidos e uma grade com formato do tipo colmeia, que dá um toque apimentado ao SUV da Chevrolet.
Além disso, a versão RS traz o emblema com a sigla e a pintura vermelho Ruby que, pessoalmente, combinou muito bem com o design. No interior, não há grandes mudanças, mas tem materiais macios em algumas partes do painel e das portas. A cor preta prevalece, mas, na versão RS, as costuras nos bancos e volantes são vermelhas.
Tecnologia embarcada
A tecnologia é o foco do SUV nessa reestilização. A multimídia MyLink, com tela de 8 polegadas, tem GPS integrado e aplicativos nativos, como Spotify e Alexa. Aqui, vale dizer que a central é fácil de mexer. A tela tem boa sensibilidade e a conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay é feita de forma simples. O SUV também é conectado em ambas as versões, com Wi-Fi a bordo, o serviço de concierge OnStar e o app My Chevrolet, que permite dar comandos à distância pelo smartphone.
Mas há algumas diferenças na lista de equipamentos. O Equinox Premier, por exemplo, tem ajuste elétrico com memória no banco do motorista, carregador por indução para celulares, teto solar panorâmico com abertura elétrica e sistema de som premium da Bose com 7 alto-falantes. Estes itens ficam de fora do Equinox RS, bem como a abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas e a partida remota. Por fim, o modelo mais caro vem com a tag do Sem Parar de fábrica e com conexão de internet 4G grátis por 1 ano.
Segurança
Em relação aos equipamentos semiautônomos, o SUV ganhou uma lista mais moderna. Assim, ambas as versões trazem alerta de colisão frontal com sistema de frenagem automática de emergência, alerta de ponto cego, faróis com faixo alto automático, assistente de permanência em faixa e alerta de tráfego traseiro. Além disso, há sistema de monitoramento de pressão dos pneus, câmera da ré e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro.
Primeiras impressões
Apesar das mudanças, o Chevrolet Equinox manteve a mecânica. Ou seja, combina o motor 1.5 turbo de quatro cilindros a gasolina e o câmbio automático de seis marchas. Ele gera 172 cv de potência e um torque de 27,8 mkgf entre 2.000 rpm e 4.000 rpm. Com esse conjunto, o SUV tem consumo médio de 9,3 km/l na cidade, e de 11,5 km/l na estrada.
O Jornal do Carro acelerou tanto com a versão Premier, quanto com a RS. A rota partiu de São Paulo e encerrou em São Bento de Sapucaí, no interior. No total, foram cerca de 3 horas de viagem com trechos bem sinuosos. No geral, o carro é macio na direção. E um dos principais destaques é o conforto.
Embora não tenha mudanças no motor, as versões também se diferenciam em questões técnicas. Isso acontece por conta da tração que, na Premier, pode ser integral – através de um clique no botão. E na RS, é apenas dianteira. Então, ao utilizar a tração AWD, a versão topo de linha tem melhor controle dinâmico em curvas e, sobretudo, em piso escorregadio.
Vale a compra?
No mais, vale mencionar que é possível fazer a troca de marchas manualmente por meio de um botão do lado esquerdo da alavanca. Porém, ao contrário de aletas – que ficam atrás do volante – essa opção não é muito eficaz, por ser pouco prática.
Por fim, o SUV médio, que a Chevrolet anuncia como “premium”, revela-se uma boa opção para quem busca espaço, conforto e equipamentos de segurança. Mas o Equinox não chega a ser um SUV de luxo. No mercado, vai competir com Jeep Compass, Caoa Chery Tiggo 7X, Toyota Corolla Cross e VW Taos. E tem muito mais adversários nessa faixa de preço que vai de R$ 200 mil até R$ 220 mil. O motor 1.5 turbo a gasolina e a tração AWD são trunfos.