Há algum tempo já se fala sobre a aposentadoria do Polo no mercado europeu. O motivo é a política de emissões Euro 7. Em vigor a partir de 2025, as regras barrarão a comercialização de uma porção de veículos dotados de motores térmicos que passam longe da eficiência. E o hatch da Volkswagen, que já tem 49 anos de história, é um destes modelos. O fim da produção, na Espanha, já é certo a partir da primeira metade do ano que vem.
A princípio, a busca por um motor a combustão eficiente envolve custos. Isso, portanto, elevaria o preço do segmento de entrada – o que deixaria de fazer sentido. Desse modo, algumas montadoras vêm priorizando segmentos mais caros (e rentáveis) ou mesmo a inéditos modelos com propulsão elétrica. O próprio CEO da divisão de carros de passeio da Volkswagen, Thomas Schäfer, afirmou recentemente que a prioridade é a eletrificação.
No Brasil, por ora, o modelo deve permanecer como está. Afinal, acaba de assumir a lacuna deixada pelo Gol – e conseguiu bons números de vendas. Seja como for, o Polo não deve sair de linha tão cedo por aqui. Afinal, o hatch é fabricado localmente e atende às últimas atualizações exigidas pelo Proconve L7, atual lei de emissões em vigor no Brasil.
ID.2 ou ID.Polo?
Outros lugares, como África do Sul e China, por exemplo, também permanecerão com o Polo em linha. Na fábrica de Navarra (Espanha), entretanto, a saída do hatch dará lugar a inéditos modelos elétricos. Nada ainda é certo, mas o recém-apresentado conceito Volkswagen ID.2 e seus modelos equivalentes das marcas Skoda e Seat devem ser produzidos por lá. Nesse meio-tempo, a unidade espanhola produzirá apenas os SUVs Taigo (Nivus europeu) e T-Cross.
O ID.2 tem dimensões parecidas com as do Polo. De olho nisso, há quem acredite que parta dele a ressureição do hatch. Afinal, Schäfer também já disse que os nomes clássicos da Volkswagen devem permanecer vivos. ID.Polo? Talvez.