Tal como o SUV ID.4, a nova Kombi elétrica, chamada de VW ID.Buzz, chega ao Brasil disponível apenas por assinatura. Nesta versão moderna, a carismática van da Volkswagen tem visual futurista e é movida a bateria – ou seja, não emite gases nocivos pelo escapamento. O problema é o preço: a ID.Buzz tem planos mensais a partir de R$ 12.990 na configuração Pro. Entretanto, este é o valor da mensalidade mais “em conta”, no plano de 48 meses (4 anos).
O valor da assinatura aumenta conforme o prazo. Este vai de 24 a 48 meses e a franquia tem pacotes de 1.500 km, 2.000 km, 2.500 km e 3.100 km mensais. Assim, o cliente que optar pelo pacote de 24 meses com 3.100 km de franquia terá um custo mensal fixo de R$ 17.890. E tem mais. Além da mensalidade, a marca oferece o aluguel do carregador de parede (Wallbox) em 24 parcelas de R$ 599. São mais R$ 14.376 no total. Ou R$ 7.649 para quem comprar.
Fazendo as contas, para ter a Kombi elétrica na garagem, o cliente terá de desembolsar mensalmente um valor de R$ 18.489. É um paradoxo para um modelo que, sete décadas atrás, nasceu para ser simples, de manutenção fácil e barato. Além disso, se multiplicarmos o custo mensal, o gasto anual com a ID.Buzz será de R$ 221.868, preço equivalente ao de vários carros híbridos e elétricos à venda no Brasil (veja aqui a lista dos modelos com preço equivalente).
Como é a Volkswagen ID.Buzz
A ID.Buzz tem um motor elétrico capaz de gerar 204 cv de potência e 31,6 mkgf de torque. A tração é traseira e a velocidade máxima é de 145 km/h. Ademais, a Kombi elétrica tem bateria de 82 kWh capaz de recarregar em estações de até 170 kW. Assim, recupera de 5% a 80% da energia em 30 minutos. Com carga completa, alcança até 425 km de autonomia no ciclo WLTP. Na gama, há a versão Cargo com o mesmo conjunto elétrico, mas com autonomia de 423 km entre as recargas.
Tecnologia de ponta
Mesmo com motor elétrico e desenho futurista, a ID.Buzz teve inspiração na primeira Kombi. Por isso, aposta na pintura saia-e-blusa. Mas a plataforma modular elétrica (MEB) do Grupo Volkswagen traz para a van várias tecnologias de última geração. Na lista, há frenagem automática de emergência com detecção de pedestres e ciclistas, sensores de obstáculos na dianteira e traseira e assistente de mudança de faixa de rolagem, por exemplo.
No mais, tem partida do motor por botão e controle de cruzeiro adaptativo. Além disso, traz ar-condicionado automático de duas zonas, volante multifuncional e faróis full-LEDs. O quadro de instrumentos é uma tela de 5,3 polegadas. Já a do multimídia pode ter 10″ ou 12″ (opcional) com espelhamento de celulares com Android Auto e Apple Carplay sem uso de fio. O interior, por sinal, é moderno e amplo, com o assoalho plano e espaço para cinco adultos.
Kombi veio ao Brasil nos anos 1950
A ligação da Kombi com o Brasil começou em 1950. Portanto, logo depois do lançamento na Alemanha. No País, foi adotado um apelido, uma vez que o nome original do modelo é Kombinationsfahrzeug, que significa veículo combinado. Ou seja, em alusão à capacidade multiuso. De início, o carro era feito na Alemanha e vinha ao País por meio de navio. Porém, em 1953 a Volkswagen resolveu montar a van aqui.
Assim, as unidades chegavam desmontadas. Esse sistema é conhecido como CKD (de “Completely Knocked Down” ou “completamente desmontado”). Depois, em 2 de setembro de 1957, a Kombi passou a ser feita no Brasil com 50% de peças nacionais. Portanto, trata-se do primeiro modelo da marca fabricado aqui. E também o primeiro Volkswagen feito fora da Alemanha.
A Kombi foi o veículo que ficou por mais tempo em produção no planeta. Nada menos que 56 anos. Além disso, o Brasil foi último país a deixar de produzir o modelo. A unidade derradeira deixou a linha de montagem da fábrica da Anchieta no dia 19 de dezembro de 2013. Até então, mais de 1,56 milhão de unidades foram produzidas no País, segundo informações da VW.
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