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VW investe US$ 5 bi na Rivian; veja carros que podem surgir da parceria
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VW investe US$ 5 bi na Rivian; veja carros que podem surgir da parceria

Com a parceria, VW poderá usar as atuais plataformas da Rivian, que deverá sair da crise com a injeção de capital da alemã

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

29 de jun, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Fábrica Rivian
Depois de enfrentar crise, capital da Volks deve impulsionar produção da Rivian
Crédito:Rivian/Divulgação

Nesta semana, a Volkswagen anunciou um investimento de US$ 5 bilhões (quase R$ 28 bilhões) na Rivian, startup norte-americana de carros elétricos. O objetivo é criar uma joint venture para desenvolver uma nova geração de arquiteturas para carros elétricos. A parceria será benéfica para as duas empresas, com trocas sobre experiência em processos de produção da primeira e conhecimentos em softwares e tecnologia da segunda.



Nessa primeira etapa, o aporte inicial será de US$ 1 bilhão, com adicional de US$ 4 bilhões financiados até 2026. Se as agências regulatórias aprovarem a transação, a VW será uma das maiores acionistas da Rivian, junto da Amazon. Além disso, a injeção de capital será fundamental para dar fôlego à startup, que sofreu prejuízo no último trimestre de 2023 e enfrentou demissões, paralisações na fábrica e precisou baixar suas expectativas de produção no início deste ano.

O acordo também significa que a VW terá acesso imediato às atuais plataformas da Rivian para usar em seus próprios carros. Nos últimos meses, um trabalho maciço foi feito para confirmar a compatibilidade entre as arquiteturas da empresa baseada na Califórnia e os veículos da montadora alemã.

Reprodução

Futuros carros da Rivian 

Atualmente a linha da Rivian é composta pela picape R1T e o SUV de sete lugares R1S, mas a fabricante já anunciou o desenvolvimento dos utilitários R2 (médio) e R3 (compacto), que chegam em 2026. Entretanto, durante uma apresentação para investidores a fim de detalhar a parceria, um slide da startup chamou a atenção. Nele, apareciam outros cinco carros misteriosos cobertos, indicando que a empresa tem planos de dobrar seu portfólio nos próximos anos.

Cada coluna representa uma arquitetura diferente, como a da primeira geração dos modelos atuais, e a segunda geração que vai estrear na linha 2025. Há também a base que será usada nos carros compactos e médios. Outra possibilidade seria o lançamento de uma picape compacta, conforme especulado alguns anos atrás. Por fim, a última coluna será o que a Rivian chama de “plataforma acessível para o mercado de massa”, que será usada em ao menos três modelos elétricos de entrada com preço em torno de US$ 25 mil (R$ 140 mil).


Maxus T90
Saic/Divulgação

VW e suas parcerias elétricas

A Rivian não será a primeira marca de carros elétricos que receberá investimentos da Volkswagen. Em 2020, a alemã comprou 50% da JAC para utilizar a expertise da chinesa em eletrificação. Além disso, de acordo com apuração do Jornal do Carro, a próxima geração da Amarok vai usar como base outra picape do país oriental, a Maxus T90 (acima), da Saic, e terá versões a combustão e elétricas. Mas se essa parceria azedar, a VW já tem na manga as plataformas da Rivian na manga para desenvolver sua famosa caminhonete. 

Enquanto o acordo não recebe aprovação, o mercado de ações das duas fabricantes ficou em polvorosa durante esta semana. As ações da Volks recuaram após o anúncio, enquanto os papeis da Rivian dispararam, chegando a registrar um aumento de 40%.


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Pneus murchos afetam desempenho e aumentam consumo

Calibragem deve ser feita toda semana com a pressão indicada pelo manual do proprietário do veículo

24 de jun, 2024 · 2 minutos de leitura.

A calibragem dos pneus é uma tarefa tão simples e, ao mesmo tempo, muito importante. Por isso, precisa ser realizada semanalmente. Além disso, deve seguir a pressão indicada pelo fabricante do veículo.

Normalmente, essa informação fica no manual do proprietário ou em algum lugar mais acessível do carro. Por exemplo: no batente da porta do motorista, bem como na parte de dentro da portinhola do tanque de combustível.

“Pneus com pressão abaixo da ideal atrapalham o desempenho, aumentam o consumo de combustível e comprometem a estabilidade e a segurança do veículo”, explica Cleber William Gomes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O que acontece com os pneus descalibrados?

Nessas condições, a borracha que entra em contato com o solo é maior do que deveria. “Isso eleva a temperatura do pneu e prejudica a durabilidade dos componentes da suspensão, assim como o próprio pneu”, explica.

Além do mais, com os pneus murchos, a banda de rodagem acaba cedendo. Com isso, somente as faixas externas e internas entram em contato com o piso. Assim, o desgaste fica totalmente irregular.

O pneu com mais área de contato com o solo amplia o esforço do motor, que vai gastar mais combustível. Em média, rodas descalibradas aumentam o consumo de combustível em 10% a 20%, podendo chegar a 50% em casos extremos.

Da mesma forma, estudos da NHTSA, órgão de segurança do trânsito dos Estados Unidos, demonstram que rodar com pneus subinflados ou gastos multiplica em até três vezes o risco de acidente. Isso porque os pneus afetam diretamente a frenagem, fazendo o carro se arrastar por uma distância maior do que deveria.

Pneus com pressão acima da ideal

Mas tome cuidado, pois o contrário também pode ser prejudicial. Pneus inflados acima da pressão recomendada deixam apenas a parte central em maior contato com o solo. Com isso, o desgaste será, da mesma maneira, irregular. Consequentemente, eles ficarão mais suscetíveis a furos.

“A pressão excessiva reduz a capacidade de frenagem, a dirigibilidade e, inclusive, a estabilidade em curvas e condições de rodagem”, diz Gomes.

Pneus cheios de ar ficam mais duros. Dessa forma, o carro tende a pular mais ao passar em obstáculos. Assim, afetam o trabalho da suspensão e, portanto, o conforto de quem está a bordo.

Então, é importante seguir algumas dicas para encher os pneus:

  • Procure calibrar sempre com os pneus frios. Quando estão mais quentes depois de rodar muitos quilômetros, eles tendem a ficar mais cheios do que realmente aparentam, devido à expansão do ar. Por isso, faça a calibragem logo de manhã.
  • Siga a recomendação do fabricante. Lembre-se de que a pressão não é única. Ela varia conforme o uso. Se for viajar com o porta-malas cheio, a pressão nos pneus traseiros é sempre um pouco maior.
  • O ideal é calibrar os pneus uma vez por semana. Contudo, se você costuma rodar pouco, faça isso após abastecer o carro.

Não se esqueça do estepe. Não é necessário calibrá-lo toda semana. Entretanto, é melhor deixá-lo em ordem para usar em caso de emergência.