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Nova VW Amarok vai ser baseada em picape chinesa
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Segredos

Nova VW Amarok vai ser baseada em picape chinesa

Próxima geração da Volkswagen Amarok usará a plataforma da chinesa Maxus T90, com versões a combustão e 100% elétrica, algo inédito na picape

Tião Oliveira

09 de mai, 2024 · 6 minutos de leitura.

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VW Amarok
Maxus-T90-EV-Exterior
Crédito:Maxus

A nova VW Amarok não vai ser baseada em um projeto alemão, mas chinês. Embora a marca não confirme, a próxima geração da picape média vai usar a base da Maxus T90. Ou seja, o modelo da marca da Saic, que já é vendido em mercados como Peru, Chile e Paraguai, por exemplo. Segundo a empresa, a Maxus T90 é um produto global. Portanto, suas configurações podem variar bastante de acordo com o país onde é oferecido.



Maxus T90 EV tem dimensões parecidas com as da Amarok atual

Vale lembrar que não se trata apenas de uma troca de logotipos. Assim, para suceder a VW Amarok atual a Maxus T90 receberá uma série de atualizações. Isso inclui ajustes na suspensão e no trem de força. Bem como em sistemas eletrônicos, equipamentos e padrões de acabamento. Além disso, evidentemente, vai receber a identidade visual da VW.

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Painel é completo e acabamento, caprichado

Segundo fontes ligadas à marca alemã, a nova picape vai ser vendida no Brasil em versões com motores a combustão e 100% elétrica. A primeira traz um 2.0 de quatro cilindros, biturbo, a diesel, que gera 218 cv de potência e cerca de 50 mkgf de torque. De acordo com o site da marca, no Uruguai o preço parte de US$ 40.900. Ou seja, uns R$ 210 mil, na conversão direta.

Nova VW Amarok terá versão 100% elétrica

Capacidade de carga é de 1 tonelada

Conforme a marca chinesa, a tração é traseira e há opção de 4×4, com reduzida e acionamento eletrônico. O chassi é feito de aço de alta resistência. Segundo a Maxus, com isso a resistência à torção é 30% maior na comparação com estruturas de aço convencional. Além disso, a lista de equipamentos inclui seis air bags, auxílio eletrônico de saída em rampa e ABS, com EBD.

No mesmo sentido, o acabamento da cabine inclui revestimento de couro e bancos da frente com ajustes elétricos. Abertura das portas sem chave e partida do motor por botão também fazem parte do pacote. Outros destaques são as duas telas digitais. A do quadro de instrumentos tem 10 polegadas e a do sistema multimídia, 12″. Este, por sua vez, conta com conexão com Apple CarPlay e Android Auto.

Seleção de marcha é feita por botão no console

De acordo com a Maxus, a picape T90 EV, 100% elétrica, tem motor com potência equivalente a 176 cv. Além disso, o torque máximo, disponível instantaneamente, é de cerca de 32 mkgf. Assim, essa seria uma opção inédita na linha da futura VW Amarok. Segundo dados da marca, nesse caso a capacidade de carga é de uma tonelada.

Picape terá preço competitivo

No visual, o diferencial são as luzes de LEDs de uso diurno, em tom alaranjado. Outro destaque são os elementos cromados na grade e nas laterais, como uma barra horizontal na parte inferior das portas. Seja como for, possivelmente essas peças não devem fazer parte da nova VW Amarok que vai ser vendida no
Brasil. Afinal, esse não é um tipo de acabamento que costuma agradar os consumidores brasileiros.

Motor elétrico gera o equivalente a 176 cv

Segundo a Maxus, a T90 EV tem autonomia de até 471 km. Colabora com isso o sistema de freios com regeneração de energia. Porém, no ciclo combinado a distância entre as recargas é de 330 Km. Chama a atenção o tempo de recarga, de 40 minutos em sistemas rápidos. No mais, a lista de equipamentos é similar à da versão com motor turbodiesel. A seleção de marchas é feita por um botão no console central.

Na versão VW Amarok, é provável que não haja cromados

Conforme a marca chinesa, no Paraguai a T90 EV tem tabela inicial de US$ 68.500. Ou seja, equivalentes a R$ 350 mil, na conversão direta. Em dimensões, a picape da Maxus é similar à VW Amarok atual. Ou seja, são 5,37 metros de comprimento, 1,90 m de largura e 1,81 m de altura. Para comparação, a picape da marca alemã vendida no Brasil tem, respectivamente, 5,35 m, 1,91 m e 1,88 m.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.