Tião Oliveira

30/04/2020 - 11 minutos de leitura.

Lamborghini surgiu de briga com Enzo Ferrari

A Lamborghini, marca de superesportivos do Grupo Volkswagen, surgiu há 56 anos, após Enzo Ferrari dizer a Ferrucio Lamborguini que, se ele não gostava da Ferrari, que fizesse seus próprios carros

1-ABRE-LAMBO Crédito:

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Ferruccio Lamborghini nasceu na província de Ferrara, na Itália, há 104 anos, no dia 28 de abril de 1916. Apaixonado por carros, o filho de agricultores enriqueceu aquecedores a óleo e tratores. Nos anos 60 o empresário costumava rodar a bordo de esportivos como Mercedes 300 SL e Ferrari 250 GT que, segundo ele, tinha um defeito crônico na embreagem. Ao ouvir a queixa, Enzo Ferrari teria dito a Ferruccio que ele não entendia de automóveis e, se não estivesse satisfeito, que fizesse algo melhor.


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O resultado é que no dia 30 de outubro de 1963 foi inaugurada a Ferruccio Lamborghini Automobili. As instalações foram erguidas em Sant’Agata Bolognese, cidade localizada a apenas 17 km de distância de Maranello, onde fica a sede da Ferrari. O touro, escolhido como símbolo da marca, é uma alusão ao signo de seu fundador.

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350 GTV foi o primeiro Lamborghini

No mesmo ano a marca apresentou o protótipo do 350 GTV (Gran Turismo Veloce) no Salão de Turim e depois em Genebra, na Suíça. Em 1964 o modelo passou a ser feito em série – até 1966. Com linhas assinadas pela Carrozzeria Touring (acima), teve 120 unidades, a maioria com motor 3.5 V12 de 320 cv.

Desse total, 23 receberam um novo V12 de 4 litros com a mesma potência, mas com torque mais alto. Apenas dois carros da série eram Spyder, nome da versão conversível.


Produzido entre 1966 e 1968, o 400 GT (acima), segundo carro da Lamborghini, era um cupê 2+2 (com quatro lugares) que utilizava o motor “maior” do pioneiro. E, assim como o 350 GT, foi criado pela Carrozzeria Touring. Teve 250 unidades fabricadas e serviu de base para o Miura, um dos mais emblemáticos carros da Lamborghini e o primeiro com nome de touro.

Miura: ícone com nome de touro

Lançado em 1966, o Miura (acima) surpreendeu pelo motor central e a bela carroceria desenhada pela Bertone. A última unidade foi produzida em 1973. Era um Miura S, evolução da linha, e foi entregue ao filho de Ferdinando Innocenti, construtor de automóveis italiano e criador da Lambretta.


Antes, porém, em 1968 a marca apresentou o Islero 400 GT (abaixo) no Salão de Genebra. A estrutura e mecânica eram as mesmas do Miura. Entre as evoluções havia suspensão independente e freios a disco nas quatro rodas.

O Espada (abaixo), lançado no mesmo ano, foi o primeiro Lamborghini com vendas acima de mil unidades (1.227). Com capacidade para quatro pessoas, teve três configurações. E, a partir de 1974, passou a ser oferecido com câmbio automático de três marchas da Chrysler. Foi produzido até 1978.


Motor V8 estreou no Jarama

Depois vieram o Jarama (acima), feito de 1970 a 1976, e o Urraco (abaixo), produzido entre 1972 e 1979, que foi o primeiro Lamborghini com motor V8. Havia três versões (2.0, 2.5 e 3.0), com potências de 182 a 250 cv. Com a mais “forte”, o carro podia chegar a 250 km/h, de acordo com informações da fabricante.


Em 1974 a marca lança o Countach (abaixo). Feito até 1978, tinha carroceria também assinada por Marcello Gandini e Nuccio Bertone. Entre os destaques, o motor 4.0 V12 de 375 cv era montado na longitudinal (Longitudinale Posteriore) – sigla LP é utilizada pela Lamborghini até hoje.


Além disso, o Countach tinha portas que se abriam para cima. O sistema virou uma espécie de “marca registrada” e é descrito como “portas Lambo”. A carroceria, com belas linhas e desenho em forma de cunha, tinha apenas 1,07 metro de altura. Surgia um novo ícone.

Anos 70 marcaram declínio

Mas os anos 70 foram muito difíceis para a empresa. Nem o sucesso do Countach, cujas vendas somaram 809 unidades, foi suficiente para impedir o declínio da Lamborghini.

As infinitas crises do petróleo dizimaram o mercado de superesportivos. O Silhouette (abaixo), feito de 1976 a 1979, teve apenas 55 unidades vendidas. O grupo vendeu a divisão de tratores para a Fiat. Mas nem isso evitou a derrocada da companhia.


Ferrucio Lamborghini embolsou um bom dinheiro e fui curtir a vida às margens do Lago di Garda. Em julho de 1980 os (franceses) irmãos Mimram assumiram o controle da empresa. A “Nuova Automobili Ferruccio Lamborghini” , deu início à produção do LM 002 (abaixo).

Jipão de 4 portas é de 1986


O jipão, criado para uso militar, tinha linhas quadradonas e quatro portas. Equipado com o mesmo motor 5.2 V12 de 444 cv do Countach, chegava a 210 km/h. Teve 300 unidades fabricadas de 1986 a 1992.

A companhia também passou a trabalhar na evolução do Silhouette. A carroceria foi remodelada e o motor V8 “cresceu” de 3 para 3,5 litros. A potência, de 250 cv, foi mantida.


O resultado dessa empreitada foi o Jalpa (acima), que teve 420 unidades construídas de 1981 a 1988. O fim da produção do modelo marcou também o encerramento da oferta de carros da marca com motor V8.

Chrysler e Diablo

Em 1987 a Lamborghini foi comprada pela Chrysler. E, sob o comando da empresa norte-americana, lançou o Diablo (abaixo), em 1990. O carro tinha desenho surpreendente e o emblemático sistema de portas que se abriam para cima.


O chassi era tubular e o motor, V12 de 4 litros e 375 cv. Com esse conjunto o Diablo podia acelerar de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos e chegar a 325 km. Feito até 1991, teve cerca de 3 mil unidades vendidas.

No fim dos anos 90 a Chrysler entrou em declínio. E, apesar do sucesso do Diablo, vendeu a Lamborghini a um grupo da Indonésia, que pouco tempo depois se viu em meio a uma grave crise financeira.

Audi salva a marca


Em 1998 a Audi, que pertence à Volkswagen, comprou a italiana e a salvou da falência. Três anos depois, no Salão de Frankfurt (Alemanha), a marca lançou o Murciélago (acima). O superesportivo, batizado com o nome de um famoso touro espanhol, dava início a um período de prosperidade para a Lamborghini.

Sob o comando da Audi, marca se reergueu. Todos os carros lançados desde então, como o Gallardo (acima), o Aventador (abaixo) e o Huracán, fizeram grande sucesso de crítica e público – e mantiveram a tradição do batismo com nome de touros.



Além disso, a marca lançou modelos exclusivos e séries limitadas. Como o Revénton, de 2007, o Sesto Elemento (2010), o Veneno e o Egoista (2013). Um dos mais emblemáticos é o Centenário, de 2016, feito para celebrar os 100 anos do nascimento de Ferruccio Lamborghini.

 

SUV Urus tem fila de espera


Os 40 carros da série – 20 da versão cupê (acima) e 20 da roadster – tinham motor V12 de 770 cv, o mais potente feito pela marca até então. Com preço sugerido a partir de € 1,75 milhão (mais impostos), o Lamborghini Centenário teve todas as unidades vendidas rapidamente.

Na esteira do sucesso dos superesportivos, a marca resolveu entrar também na onda dos SUVs. E a aposta não poderia ter sido mais certeira. Lançado em 2018, o Urus (abaixo) é o modelo de maior sucesso da história da Lamborghini.


Em 2019, o SUV respondeu por mais da metade dos 8.200 Lamborghini emplacados no mundo. E foi responsável pelo crescimento das vendas da marca, que em 2018 somaram 5.750 unidades. A fila de espera para o modelo inclusive no Brasil, onde seu preço sugerido é de cerca de R$ 2,4 milhões.

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