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Compra de moto usada exige cautela
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Compra de moto usada exige cautela

Veja como identificar problemas antes de fechar o negócio; evitar problemas na hora da compra de uma moto usada evita também dores de cabeça

José Antonio Leme

15 de mai, 2019 · 5 minutos de leitura.

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MOTOS USADAS OU SEMINOVAS EXIGEM CAUTELA NA COMPRA
Crédito:WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Uma moto pode ser a oportunidade de escapar do trânsito, do rodízio ou do transporte público lotado. Ou ainda a realização de um sonho antigo. Porém, se a opção for por um modelo usado ou seminovo, é preciso tomar alguns cuidados e garantir um bom negócio. Não importa se é um scooter, uma moto pequena ou de alta cilindrada: cuidados básicos na hora de negociar podem evitar uma roubada.

A primeira providência a ser tomada é realizar a consulta sobre débitos, bloqueios, restrições e histórico de vistorias do produto de interesse. Isso pode ser realizado por meio do site Detran SP. O órgão recomenda ao comprador não aceitar esses dados em papel, caso eles sejam assim oferecidos pelo vendedor, pois não é possível aferir a autenticidade do que foi impresso.

Sempre desconfie de preços muito abaixo dos de tabela. Durante a negociação, pergunte o motivo do valor tão fora do padrão de mercado.

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Para fazer a transferência, há a vistoria obrigatória. O serviço consiste na conferência dar marcações de chassi, itens de segurança e o documento do veículo. Custa cerca de R$ 130 na capital. Um serviço mais completo, por cerca de R$ 300, faz vistoria completa no chassi e em outras partes mecânicas da moto.

SINAIS VISÍVEIS NA MOTO

“A moto pode apresentar alguns sinais que indicam problemas mascarados”, afirma Leandro Panades, da oficina Panades Racing, na zona sul da capital. “Pneus trocados em modelos com quilometragem baixa (menos de 10 mil km no hodômetro) podem indicar uma adulteração”, diz. Coroa, pinhão e corrente desgastados podem também ser indício desse tipo de fraude.

O comprador pode verificar também estado da pintura, pastilhas de freio, manoplas e pedaleiras. Essas peças apresentam desgaste acentuado e marcas de uso que podem conflitar com uma quilometragem adulterada.


Fique de olho também nos indícios de queda da moto. Entre eles há pintura mal retocada, peças mais novas do que a idade da moto e marcas de impacto nas bengalas da suspensão ou na balança.

Itens mecânicos, como motor e radiador, também dão sinais. “No motor, é possível ver se os parafusos estão marcados. Isso é um indício de que ele foi aberto”. O radiador torto, amassado e com marcações de remendos ou reparos indica queda ou outro tipo de impacto, o que pode gerar risco no sistema de arrefecimento.


Apesar de o próprio comprador poder fazer essas verificações, recomenda-se levar a moto desejada a oficina de confiança. “Há itens como um chassi torto que só olhos treinados podem ver”, diz Panades.

CRIME

Adulterar a quilometragem de um veículo é crime de estelionato e fraude genérica, conforme a lei nº 8078/1990. A pena é de até três anos de prisão

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