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Himalayan se torna o novo carro-chefe da Royal Enfield no Brasil
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Himalayan se torna o novo carro-chefe da Royal Enfield no Brasil

Marca vendia uma média de 55 motos por mês com três modelos, mas fez 100 unidades só da trail em dois meses

José Antonio Leme

03 de abr, 2019 · 6 minutos de leitura.

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himalayan
ROYAL ENFIELD HIMALAYAN. CRÉDITO: ROYAL ENFIELD/DIVULGAÇÃO
Crédito:

A Royal Enfield planeja voos mais altos no Brasil com a chegada da Himalayan. A marca inglesa de controle indiano chegou ao País em 2017 com seus modelos clássicos e a proposta de “moto purismo”, uma maneira de vender a ideia dos seus produtos de montagem atual, mas estilo e tecnologia antiga.

Ela conseguiu conquistar um público com os modelos Bullet, Classic e Continental, que atendem essa filosofia, mas estava longe de boa parte dos motociclistas brasileiros até janeiro desse ano, quando lançou a Himalayan por R$ 18.990.

A trail de 400 cm³ com estilo raíz cativou o consumidor, tanto é que em dois meses foi emplacada 100 vezes. Ou seja, com a novidade, bateu o que vendia no acumulado de três motos, sendo que em sua maioria eram Classic.

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De acordo com Claudio Giusti, diretor Geral da Royal Enfield Brasil, o sucesso aconteceu porque a Himalayan abriu as portas da marca para um público que queria a experiência da Royal Enfield – os passeios, o clube, as viagens em grupo -, mas também queria poder viajar distâncias maiores e a velocidades mais altas.

Com essa virada, a marca já planeja que a Himalayan passe a responder por entre 50% e 60% das vendas da Royal Enfield no Brasil, que por enquanto tem apenas duas concessionárias – São Paulo e Brasília. Para sustentar o crescimento, até o final do ano a marca irá inaugurar novos pontos em Campinas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba, além de uma segunda loja na capital paulista.

“A atenção pela Himalayan foi maior do que a esperada. A resposta nos surpreendeu”, afirmou Giusti. Com a chegada das novas concessionárias, o que dará mais capilaridade à marca em outras praças do país, o executivo afirmou também que a companhia está preparada para atender a demanda.


Hoje a Royal Enfield Brasil trabalha apenas com produtos importados de sua fábrica em Chennai, na Índia. Porém, a nova planta tem capacidade para atender a demanda pela Himalayan no Brasil sem fila de espera, segundo Giusti.

Chegada das bicilíndricas

Giusti também reforçou a chegada das bicilíndricas Continental GT e Interceptor 650 ao País durante o segundo semestre – mesmo período em que ocorre o Salão Duas Rodas. A informação já havia sido confirmada por Arun Gopal, diretor de negócios internacionais da Royal Enfield.

Apresentadas pela primeira vez durante o Salão de Milão (EICMA) 2017, Continental GT e Interceptor usam um inédito motor de 649 cm³ que rende 47 cv e 5,3 mkgf. Para manter parte da tradição, o motor manteve o arrefecimento a ar com um radiador de óleo.


Mesmo com essa lufada de modernidade tomando conta da marca com a Himalayan, Continental GT e Interceptor, para um público mais jovem, que quer produtos com um pouco mais de conforto e tecnologia voltada à comodidade, Giusti não vê um fim do moto purismo. “Não perderemos esse cliente. Na verdade, com a abertura das novas lojas atenderemos a novos consumidores que se encaixam nessa categoria”, completou.

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Fábrica no Brasil

A proposta de uma fábrica no Brasil não está descartada pela Royal Enfield. A companhia tem um estudo de viabilidade em andamento, com foco em Manaus (AM), obviamente, onde há incentivos fiscais e tributários para a produção de motocicletas.

De acordo com Giusti, hoje, o principal entrevero para o sinal verde ainda é a demanda nacional, que não chegou a uma patamar mínimo – não especificado de qual seria – que justifique a implantação de uma linha de produção aqui.

No mais, o executivo afirmou que com uma possível fábrica no Brasil os preços não devem cair. Porém ele reforçou o fato de que mesmo com as variações fortes do dólar comercial desde a chegada da marca em 2017, os preços também não foram reajustados.


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