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Honda CB650R: Mais potente e refinada em nova geração
Avaliação

Honda CB650R: Mais potente e refinada em nova geração

Estrela do Salão Duas Rodas, Honda CB650R e abandona a sigla F da geração anterior e fica mais potente

José Antonio Leme, de ROMA

18 de nov, 2019 · 6 minutos de leitura.

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cb650r
HONDA CB650R
Crédito:CAIO MATTOS/HONDA

Elis Regina cantava que “o novo sempre vem”. É verdade, mas, às vezes, ele vem travestido de um visual retrô com pitadas de modernidade que saltam aos olhos e chamam a atenção pela mistura que, por mais estranha que pareça, funciona. Esse é o caso da nova CB650R, que substitui a antiga CB650 F na gama da Honda como moto quatro-cilindros de entrada.

O modelo faz sua estreia no Brasil durante o Salão Duas Rodas, que abre as portas ao público no dia 19 e vai até 24 de novembro, em São Paulo. Ela é o segundo modelo da família “Neo Sports Cafe (NSC)” à venda no Brasil, ao lado da CB1000R.

A família Neo Sports Cafe se distingue por essa linguagem visual que mescla o antigo e o novo como um tiro certo para dar mais presença as nakeds da Honda. Além do nome e do visual, tudo é novo na CB650R.

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O visual NSC é composto por um estilo que parece retrô, mas tem linhas modernas, arredondadas e atuais. Do estilo antigo vem também o farol redondo, clássico. Do moderno, o fato de ter luzes de LEDs, com a luz de uso diurno (DRL) do mesmo tipo. O painel digital é moderno, com fundo preto e grafismos brancos. Ele é uma versão reduzida do painel da CB1000R, que tem mais informações.

A principal melhoria na CB650R para a CB650 F é o “regime” pela qual a moto passou. O modelo ficou 6 kg mais leve que sua antecessora. Segundo a Honda, o motivo é a mudança no quadro, que foi modificado, o tanque de combustível e também as pedaleiras. O modo como as aletas nas laterais do tanque foram aplicadas dão a impressão de que a moto está mais esguia, mas é visual.


A posição de guiar também mudou, ficou mais agressiva, mas ainda muito confortável para longos trechos. O guidão foi avançado em 13 mm e ficou 8 mm mais baixo. As pedaleiras também mudaram: 3 mm mais recuadas e 6 mm mais elevadas.

Outras novidades são a suspensão dianteira invertida da Showa com 41 mm de diâmetro. A antiga tinha suspensão convencional, também sem ajuste. Na prática, a dianteira está mais firme e dá mais confiança para atacar curvas. Atrás, o modelo usa um amortecedor com sete ajustes de pré-carga.

Com essas mudanças, a CB650R ficou mais esportiva e ágil. Ela troca de direção com mais facilidade e nas curvas a dianteira passa mais segurança, já que oscila menos com a nova suspensão.


O motor quatro cilindros ganhou uma série de melhorias. Com 649 cm³, ele rende 95 cv a 12.000 rpm e 6,5 mkgf a 8.500 rpm na versão europeia, com a qual tivemos contato. A versão brasileira, por questões de emissões de ruídos, deve perder um pouco da potência.

Com novos dutos de ar e menos atrito nos pistões, a Honda conseguiu melhorar o giro. Acima de 10.000 rpm ele tem 5% a mais de potência e ganhou 1.000 rpm a mais de rotações. A geração anterior, CB650 F, tinha o mesmo motor, mas entregava 88,5 cv e 6,2 mkgf de torque.



Na prática, o motor entrega bom torque a partir de médias rotações, o que garante um comportamento bom para uso no dia. Na condição de estradas sinuosas e chuvas, a entrega se torque se mostrou progressiva. Outra novidade no conjunto é a embreagem deslizante, que evita o travamento da roda traseira. Ainda assim, a Honda optou por adotar controle de tração que pode ser desligado.


O sistema de freio tem novas pinças radiais com quatro pistões. São discos duplos de 310 mm na frente e atrás um simples de 240 mm com pistão simples. O sistema ABS é de série e não pode ser desligado.

FICHA TÉCNICA – HONDA CB650R

Motor – 649 cm³, 4 cil, 16V, gasolina
Potência – 95 cv a 12.000 rpm
Torque – 6,5 mkgf a 8.500 rpm
Transmissão – 6 marchas
Peso – 202 kg (ordem de marcha)

JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HONDA


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