Você está lendo...
As motos elétricas que a Voltz vai produzir em Manaus a partir de 2022
Notícias

As motos elétricas que a Voltz vai produzir em Manaus a partir de 2022

Brasileira Voltz vai construir fábrica em Manaus ainda neste ano. Unidade vai gerar 500 empregos e fazer 15 mil motos por mês

Emily Nery, Especial para o Jornal do Carro

25 de mai, 2021 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Voltz
Moto elétrica da Voltz
Crédito:Divulgação/Voltz

Os carros elétricos ainda estão distantes do Brasil, mas a indústria de duas rodas logo terá um representante em solo nacional. A Voltz, startup brasileira de mobilidade elétrica, vai aplicar R$ 100 milhões para construir sua primeira fábrica de motos na Zona Franca de Manaus. E os modelos da marca, claro, usarão motores elétricos e baterias de lítio.

Voltz
Divulgação/Voltz

Portfólio da Voltz

A startup brasileira nasceu em Recife, Pernambuco, e está presente no mercado desde 2019. Atualmente, possui três modelos em seu portfólio: as motos elétricas EV1, EV1 Sport e EVS.

Publicidade


Voltz EV1 Sport

Para tanto, a montadora conta com motor desenvolvido pela Bosch e carenagem feita na China. Até o momento, a montagem dos produtos ocorre em Cabo de Santo Agostinho (PE), no centro de distribuição da Voltz.

Na configuração mais potente, com duas baterias de lítio de 60V, a scooter EV1 alcança os 100 km de autonomia, mas não ultrapassa os 60 km/h. Já no EV1 Sport, é capaz de percorrer 175 km com a carga completa da bateria, e a velocidade máxima atinge os 75 km/h.


VOLTZ EVS
Conforme informações da fabricante, o motor da EVS gera até 3.000 Watts de potência Divulgação/Voltz

Por fim, a EVS oferece duas baterias de 72V, que garantem autonomia de 180 km. Tal como uma moto de 160 cc, a street elétrica da Voltz acelera de zero a 60 km/h em 6 segundos, e chega aos 120 km/h. Conforme informações da fabricante, o motor gera até 3.000W de potência.

Para fazer a recarga, basta plugar as motocicletas em tomadas convencionais. Dessa forma, leva-se cerca de 5 horas para a bateria atingir a carga completa.


A empresa possui dois showrooms, um em São Paulo e outro em Recife, além de 30 filiais distribuídas pelo país. Entretanto, a vendas são feitas exclusivamente por meio dos canais digitais da Voltz.

Parceria com o Ifood

Recentemente, a Voltz firmou parceria com o Ifood, que por sua vez tem a meta de realizar 50% das entregas por meios de transporte não poluentes até 2025. Em um primeiro momento, o projeto piloto contará com 30 motos elétricas da marca. A expectativa, no entanto, é chegar a mais de 10 mil motos para entrega nos próximos 12 meses.

Para tanto, o Ifood está desenvolvendo parcerias para criar linhas de crédito especiais aos entregadores associados.




Creditas é principal investidor

A rodada de investimentos na Voltz foi liderada pela Creditas, que fornecerá um montante de R$ 95 milhões. O restante virá do UVC Investimentos, um fundo de Venture Capital do Grupo Ultra. Parte desse valor será destinada, portanto, à construção da fábrica na região norte do país. As obras terão início ainda neste ano de 2021.

Inicialmente, a Voltz investirá R$ 10 milhões na unidade manauara, e pretende produzir 15 mil motocicletas por mês. De acordo com o CEO da Creditas, Sergio Furio, espera-se que a iniciativa gere 500 empregos.

“Por lá, vamos fabricar uma série de peças, como pedais, retrovisores, pastilhas, discos de freios, entre outros”, comenta Renato Villar, fundador da empresa de veículos elétricos.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.