Um projeto de lei que tramita no Senado pretende tornar obrigatória a utilização de dispositivo antiesmagamento em carros com vidros elétricos de fechamento automático (que não exigem pressão contínua do botão). Se aprovada, a medida também se aplicará a veículos que tenham tetos solares e painéis divisores.
O objetivo é que o equipamento impeça o vidro de continuar subindo ao detectar a presença de algo que dificulte o fechamento completo. Nesse momento, o vidro voltaria a abrir, invertendo o sentido.
Segundo o texto do projeto de lei, de autoria do senador José Pimentel (PT/CE), a intenção é prevenir acidentes causados por vidros elétricos, principalmente com crianças. O senador diz, no documento, que no Brasil não há dados para ocorrências como essa, mas que nos Estados Unidos mais de 80 crianças foram vítimas desse tipo de acidente nos últimos 15 anos.
Pimentel afirma também que a presença de sistema antiesmagamento já é prevista em uma resolução de 2013 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e que os efeitos passaram a valer em 2017. Porém, de acordo com o senador, muitas empresas têm recorrido à Justiça contra a obrigatoriedade do dispositivo.
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Tramitação
O projeto foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no dia 14 de maio. Agora a matéria espera análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
O relator, senador Styvenson Valentim (Pode-RN), é favorável ao projeto. “É preciso sopesar os custos decorrentes das perdas humanas, especialmente de crianças, que são as vítimas fatais dos acidentes com vidros elétricos”, afirma.
O senador, no entanto, apresentou um substitutivo que torna o texto mais enxuto e faz com que os requisitos técnicos para o uso do dispositivo antiesmagamento continuem sendo definidos por resoluções, constando da lei apenas o uso do sistema.