Dezembro começa a época de chuvas. Por isso, é necessário ficar atento aos limpadores do para-brisa. Borrachas das palhetas danificadas, mau funcionamento ou mesmo ausência do componente são situações que devem ser sanadas com antecedência, a fim de garantir a visibilidade perfeita do motorista e, consequentemente, a segurança dos ocupantes do veículo.
De acordo com especialistas, recomenda-se verificação constante das palhetas. A média é de seis meses. Entretanto, a troca pode ser feita anualmente. Mas isso pode mudar. Em locais com clima muito quente, a periodicidade antecipa. Isso se deve à maior incidência de raios ultravioleta do sol – o que resseca a borracha. Se o lugar tiver muita poeira, a atenção redobra.
Palhetas com defeito, além de aumentar os riscos nos dias de chuva, torna o motorista mais suscetível a cometer infrações, bem como provocar acidentes e aumentar gastos. Para se ter ideia, além de reduzir a vida útil do componente, o ressecamento resulta em riscos no para-brisa, além de trepidação e ruídos.
Na hora de limpar as lâminas de borracha, use apenas um pano umedecido com água. E nada de utilizar produtos químicos no reservatório do limpador, como detergente (salvo os específicos para esse fim), álcool, etc, porque isso pode danificar a borracha.
Praticidade na hora da troca
O preço das palhetas varia de acordo com o modelo do veículo, do local de compra e onde se faz a troca. Dá para fazer a substituição rapidamente. E em casa. De acordo com a fornecedora automotiva Valeo, o passo a passo é o seguinte:
Levante a haste (também conhecida como braço) até que ela fique perpendicular ao para-brisa. Solte a palheta antiga e tire-a da haste. Para esse procedimento, é preciso identificar onde está o pino ou trava plástica e soltá-lo. De acordo com cada modelo de haste e palheta, a maneira de tirar a trava pode mudar. Na sequência, encaixe o novo limpador e certifique-se de que ele está travado. Deite o limpador novamente sobre o para-brisa – mas tome cuidado com a força da mola, para não causar nenhum dano ao vidro.
Outros problemas além das palhetas
Além do estado de conservação das palhetas, se faz necessário ficar de olho em outras partes do sistema. A princípio, verifique a operação do motor do limpador e a integridade dos braços do componente. Não deve haver folgas. Cheque também o funcionamento do esguicho de água. Nunca o deixe obstruído.
Além disso, também é recomendável fazer a descontaminação dos vidros do carro. Isso também evita o desgaste prematuro das borrachas. O serviço é rápido e seguro. Entretanto, deve ser feito por profissional qualificado.
De acordo com Yuri Andrade, proprietário e detailer profissional da Studio Italia Auto Detail Estética Automotiva, que fica na capital paulista, a descontaminação dos vidros e aplicação de proteção custa, em média, R$ 390. Tudo depende do tamanho do carro, mas o serviço dura entre 3 e 4 horas. O profissional recomenda a repetição do procedimento a cada seis meses.
Mas esse prazo pode diminuir, caso o proprietário não tome alguns cuidados extras com os vidros. Entre eles, aplicar vitrificador no para-brisas, por exemplo. “Isso evita acúmulo de água e manchas de chuva ácida. Ademais, descontaminar as borrachas usando Clay Bar ajuda a deslizar melhor a borracha na superfície envidraçada”, indica Andrade. Por fim, o profissional recomenda: “não use removedor de chuva ácida no para-brisas, ele pode causar manchas irreversíveis no vidro e até na pintura do carro”.
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