Você está lendo...
VW fatura R$ 500 mil em 48 horas com certidão de clássicos da marca
Antigos

VW fatura R$ 500 mil em 48 horas com certidão de clássicos da marca

Certificação para carros antigos da VW no Brasil traz dados como a data de produção, numeração do motor e cor original; veja como obter

Diogo de Oliveira

04 de dez, 2023 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

VW Gol GTI
VW Gol GTI apareceu no Salão do Automóvel de 1988 e faz sucesso até hoje; modelo é um clássico da marca no Brasil
Crédito:VW/Divulgação

Um carro clássico que mantém a originalidade do projeto pode receber no Brasil a desejada placa preta. A identificação, aliás, já está no formato da placa Mercosul. Pois bem, os donos de modelos da VW também podem agora requisitar um certificado da marca. O recém-lançado documento traz vários dados do veículo, tal qual uma certidão de nascimento. E não é que fez sucesso: em 48 horas, a Volkswagen vendeu mais de 1.000 certidões de antigos.

O Brasil é o segundo país no mundo em que a VW oferece este tipo de certificação. O primeiro, claro, foi a Alemanha, sua terra natal. A emissão do documento não é de graça. Aqui, o proprietário precisa desembolsar R$ 500 mais o valor do frete. Ou seja, em apenas dois dias a marca já faturou R$ 500 mil apenas com a emissão destes certificados. Aparentemente, um excelente negócio para a montadora, que tem milhões de antigos em circulação pelo País.

carros antigos
VW SP2 é um dos modelos nacionais mais desejados por colecionadores (Tião Oliveira/Estadão)

Publicidade


Como obter o certificado para clássicos da VW

A placa preta é conferida pelo Detran mediante alguns critérios. Entretanto, pode não ser suficiente para legitimar a procedência de um veículo. Por isso, a VW lançou sua certificação especial para donos de antigos. A certificação funciona como um “registro de nascimento” do carro. Ou seja, reúne dados como a data de produção, numeração do motor, cor original e outros itens que estavam no modelo ao sair da linha de montagem.

O certificado também atesta a versão e equipamentos. Assim, permite ao colecionador identificar se um exemplar foi falsificado ou não, prática comum no mercado de clássicos. Além disso, o documento da VW diz se uma versão básica de determinado modelo não foi descaracterizada e transformada em versão de luxo ou esportiva. Da mesma forma, é possível retornar à versão original de fábrica com os dados de origem daquele veículo.

O certificado custa R$ 500, com adição de frete, e está disponível somente para modelos com pelo menos 20 anos de fabricação. Para obter, é preciso informar o chassi, o modelo e o ano de fabricação, e o resultado será emitido em nome do proprietário. O serviço está disponível neste link. É preciso criar login e senha para, então, acessar o formulário.


Siga o Jornal do Carro no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
VW POLO TSI 2023: COMO É A VERSÃO TURBO COM CÂMBIO MANUAL
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.