Será, mesmo, o fim do “quebra”? Para tentar acabar com a prática de alguns agentes, que recebem dinheiro de alunos de autoescolas em troca da aprovação automática na prova prática para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) vem elaborando uma estratégia.
No começo do mês, o órgão criou uma equipe que vai formular o Projeto Focus. A sigla, que vem do inglês Field Operations Continuous User Supervision (Supervisão Contínua de Usuários em Operações de Campo) tem, entre os objetivos, otimizar a fiscalização e valorizar o desempenho e o mérito dos servidores e empregados públicos. Em síntese, a ideia é monitorar, por câmeras, os instrutores durante exames práticos da CNH.
O prazo estipulado para a conclusão do estudo é de 90 dias. Ou seja, no começo de agosto. “A adoção de tecnologias inovadoras, como o monitoramento audiovisual, é fundamental para garantir a excelência dos processos internos e dos serviços oferecidos à sociedade. O Projeto Focus demonstra o nosso compromisso com a transparência e a integridade em todas as operações. Reafirmamos o dever em promover um trânsito mais seguro e organizado no Estado de São Paulo”, diz Eduardo Aggio, diretor-presidente do Detran-SP.
Instituído pela Portaria de n° 2.889, publicada no Diário Oficial do Estado no começo do mês, o projeto, uma vez implantado, mudará a forma como o órgão realiza atividades de campo. “O objetivo é consolidar uma cultura de transparência e segurança dos atos praticados pelos seus agentes e por agentes delegados, assegurando a qualidade dos serviços prestados”, diz o comunicado do Detran-SP.
Como e quando?
O projeto segue em definição e só depois do começo de agosto as correções e alinhamentos serão divulgados. Até o momento, por exemplo, não ficou claro se a implantação do projeto acontecerá logo após a conclusão dos estudos, bem como não há informações sobre a implementação da medida em si. Por exemplo, não se sabe se essas câmeras serão instaladas nos carros, nos uniformes dos agentes, ou mesmo espalhadas pelas dependências dos locais das provas. O Detran, em síntese, não fala nada além do que consta no material de divulgação.
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