Você está lendo...
CNH para pessoas com autismo: veja como obter o documento
Legislação

CNH para pessoas com autismo: veja como obter o documento

Provas teóricas adaptadas e mais tempo para resolver as questões são alguns dos diferenciais para quem tem Transtorno do Espectro Autista e quer tirar CNH

Vagner Aquino, especial para o Estadão

01 de abr, 2024 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

CNH
Abril Azul: o mês de conscientização sobre a neurodiversidade
Crédito:Detran/Divulgação

Pessoas portadoras de Transtorno do Espectro Autista (TEA) passam por diferentes processos na hora de obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), a principal diferença em relação ao processo tradicional é que as pessoas neurodivergentes têm o direito à prova adaptada. Desse modo, a aplicação conta com uma hora e vinte minutos a mais de duração.



Além disso, pessoas que possuem esse tipo de condição de saúde, caracterizada por déficit na comunicação social e comportamento, podem pedir auxílio técnico durante a realização do exame. Abaixo, você confere o passo a passo elaborado pelo Detran-SP para a realização do processo, que se inicia pela procura de uma autoescola.

  • Agendar o exame de aptidão física e mental, além da avaliação psicológica pelos meios digitais, no portal do Detran-SP (clique aqui), do Poupatempo ou ainda por atendimento presencial. Cabe ressaltar, todavia, que muitas autoescolas fazem o agendamento para o candidato;
  • Pagar as taxas do exame de aptidão física e mental e da avaliação psicológica. Custos de, respectivamente, R$ 113,06 e R$ 131,90. O pagamento, a princípio, é feito diretamente às clínicas credenciadas;
  • Realizar o exame médico com perito credenciado, tornando válido o lançamento do resultado em sistema;
  • Realizar a prova teórica, com o direito da versão adaptada, que contempla um tempo maior, de até 2 horas para sua conclusão, contra os 40 minutos da avaliação eletrônica tradicional. Além disso, tem direito a apoio técnico especializado no momento da prova;
  • Fazer as aulas práticas no Centro de Formação de Condutores (CFC), após resultado satisfatório na prova teórica adaptada, e, posteriormente, o exame prático.
  • Depois da aprovação em todas as etapas, o cidadão estará apto a ter sua CNH, que deve estar disponível no formato digital em até 48 horas. Em até 15 dias, o documento físico também será entregue ao novo habilitado.
CNH
Há possibilidade de atendimento presencial (Evelson de Freitas/Estadão)

Publicidade


Abril Azul

A ação do Detran-SP faz parte do Abril Azul. Trata-se, em síntese, do mês de conscientização sobre a neurodiversidade. Em tempo, cabe explicar que, no Estado de São Paulo, a estimativa é que 460 mil pessoas tenham Transtorno do Espectro Autista.

Siga o Jornal do Carro no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.