Primeira Classe

Vendas de carros de luxo vão na contramão do mercado

Emplacamentos das cinco maiores montadoras de carros de luxo caem 13% no primeiro semestre

Rafaela Borges

07 de jul, 2017 · 3 minutos de leitura.

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CARROS DE LUXO
Crédito: Impulsionada pelo GLA, Mercedes é a única marca premium que cresce

Em 2015, quando as vendas de veículos no Brasil despencavam, o mercado de carros de luxo crescia. Analistas afirmavam que a crise demora mais para chegar à classe social que compra esses automóveis.

Além disso, havia rumores de que as montadoras estavam segurando preços. Isso porque Audi, Mercedes e Land Rover se preparavam para inaugurar fábricas aqui. A da BMW havia sido inaugurada em 2014.

Agora, a situação mudou. Após anos de angústia, as vendas totais cresceram no primeiro semestre. A alta foi de 4,25% na comparação com o mesmo período de 2016.

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Para as cinco maiores marcas de luxo do País, no entanto, a vida não está fácil. Somando as vendas de Mercedes-Benz, Audi, BMW, Land Rover e Volvo, houve queda de pouco mais de 13%, no mesmo período de comparação.

No primeiro semestre de 2017, foram vendidos 19.615 carros dessas cinco marcas. No mesmo período do ano passado, o número foi de 22.714.

Dessas marcas, a única que registrou leve crescimento foi a Mercedes. Impulsionada pela alta nas vendas do GLA, a montadora vendeu 6.308 carros no primeiro semestre. Nos seis primeiros meses do ano passado, havia vendido 6.151 exemplares.


As vendas da Audi caíram de 6.033 carros na primeira parte de 2016 para 4.575 em igual período deste ano. As da BMW foram de 5.289 para 4.275 exemplares, e as da Land Rover, de 3.598 para 2.904.

A Volvo vendeu 1.553 automóveis no primeiro semestre de 2017, 90 a menos que em igual período do ano passado.

 


GALERIA: OS CARROS DE LUXO MAIS VENDIDOS NO 1º SEMESTRE

 

 


CAMPEÕES DE VENDAS

Na lista dos dez modelos mais emplacados do primeiro semestre, a posição de honra é de um Audi. O Q3 teve 2.179 emplacamentos.

O segundo lugar é do GLA. A Mercedes-Benz, líder de emplacamentos, tem também a terceira colocação, com o Classe C.


O BMW mais vendido, X1, aparece na quarta colocação. A lista (confira na galeria acima) tem ainda dois modelos da Land Rover e um da Volvo.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.