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JLR perde até US$ 4 bilhões por quedas na China
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JLR perde até US$ 4 bilhões por quedas na China

Jaguar Land Rover teve vendas até 30% menores no último mês de 2018; mercado chinês, principal para JLR, encolheu pela primeira vez em 18 anos

Redação

08 de fev, 2019 · 2 minutos de leitura.

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Fabricante está tomando medidas para conter prejuízos e ganhar competitividade novamente
Crédito:Foto: Aly Song/Reuters
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A Jaguar Land Rover surpreendeu o mercado ao revelar perdas na ordem dos US$ 4 bilhões. A causa foi a retração do mercado chinês. Foi a primeira vez desde 1990 que a China encolheu e gerou quedas de até 30% nas vendas da JLR.

As vendas totais de automóveis na China caíram quase pela metade nos últimos meses de 2018.

Outros problemas da JLR

A Jaguar Land Rover ainda vai enfrentar o Brexit, com a saída da Inglaterra da comunidade europeia. A marca também passa pela queda na demanda por motores a diesel, que são seu “carro forte”.

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Para tentar reverter a situação, a Tata Motors, controladora da Jaguar Land Rover, vai deixar de usar previsões de mercado para avaliar suas decisões. Segundo o chefe do departamento de financeiro da Tata, PB Balaji, a empresa “está tomando decisões para melhorar a competitividade da JLR, reduzir custos e melhorar o fluxo de caixa.”

A marca também mudou de estratégia de vendas na China. Em vez de preferir números de vendas, a JLR passou a contar o lucro de cada concessionária. O início das vendas do novo Evoque deve ajudar a montadora a sair um pouco do buraco.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”