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Renault deixa de oferecer câmbio automatizado Easy’R
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Renault deixa de oferecer câmbio automatizado Easy’R

Câmbio automatizado Easy'R estava equipando apenas o Stepway. Tendência é a de que a Renault passe a oferecer transmissão automática CVT na linha Sandero e Logan

Redação

22 de mar, 2019 · 4 minutos de leitura.

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Renault Stepway
Crédito:Desde 2017, o câmbio automatizado Easy'R equipava apenas o Renault Stepway, mas agora a opção de transmissão deixa de ser vendida. Foto: Rafael Arbex/Estadão

A Renault tirou de linha oficialmente o câmbio automatizado Easy’R da linha Sandero e Logan. Essa transmissão foi lançada pela marca francesa em 2014, como substituta do câmbio automático convencional. Na época, a medida representava um certo avanço. A transmissão automática convencional (com conversor de torque) tinha quatro marchas e as passagens nem sempre eram feitas com suavidade. Além disso, o consumo era prejudicado, por causa da falta de uma quinta velocidade. A caixa automatizada de uma embreagem resolvia o problema, mas aparentemente a solução foi temporária.

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O câmbio Easy’R chegou para equipar os modelos Logan, Sandero e Sandero Stepway, sempre associado ao motor 1.6 de oito válvulas. Dois anos depois, a caixa passou a ser oferecida apenas em conjunto com o propulsor 1.6 de 16 válvulas. Mas, a partir de meados de 2017, o sistema automatizado passou a ser vendido somente como opção para o Sandero Stepway, versão aventureira do hatch.


Embora a Renault não confirme, a tendência natural é que a linha passe a receber o câmbio automático continuamente variável (CVT). É o que, aliás, já ocorre no Duster e no Captur. Se isso se confirmar, os modelos da Renault trocarão de câmbio três vezes na mesma década. Ela foi do automático de quatro marchas para o automatizado de cinco velocidade, e dele para o automático continuamente variável.

Crise dos câmbios automatizados

A mudança de marcha feita pela Renault é uma tendência já verificada em outras montadoras. A Volkswagen substituiu o câmbio automatizado I-Motion do Gol e do Voyage pelo automático convencional de seis marchas no início do segundo semestre do ano passado. E, de lá para cá, as vendas melhoraram muito.

Para tentar apagar a má impressão causada pelos trancos do câmbio automatizado Dualogic, a Fiat promoveu alterações no projeto e o rebatizou de GSR. O sistema é oferecido no Mobi, Argo e Cronos, mas também não tem futuro definido pela marca italiana.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”