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Pedágios começam a multar em cancelas automáticas
Legislação

Pedágios começam a multar em cancelas automáticas

Em novas concessões de pedágio, praças de pedágio têm radares nas cancelas automáticas

Redação

24 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

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pedágios
CANCELA AUTOMÁTICA EM RODOVIA NO INTERIOR DE SP. CRÉDITO: CLAYTON DE SOUZA/ESTADÃO
Crédito:

Quem tem o hábito de passar acima da velocidade regulamentada nas cancelas automáticas de pedágios, é bom ficar esperto. Em algumas praças do Estado de São Paulo já está valendo um novo modo de concessão que permite multar quem excede os 40 km/h regulamentados por lei.

Segundo a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), o motivo da exigência nas novas praças de pedágios é a questão da segurança viária. As velocidades superiores a 40 km/h nas cancelas geram um risco de colisão elevado quando ocorre, por algum motivo das cancelas não abrirem para o carro que está à frente.

Desde o dia 11 de fevereiro, já estão funcionando aparelhos do tipo “lombada eletrônica” nas praças da concessionária Via Paulista, na SP-255. Os pedágios estão localizados nos km 117,22 (Boa Esperança do Sul); km 165,6 (Jaú); e km 331,5 (Coronel Macedo). Também na SP-255, em processo de implantação, há nas praças nos km 229,04 (Botucatu) e km 306 (Itaí).

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Além desse, a concessão da Entrevias também está em processo de aferição dos aparelhos e irá entrar em funcionamento em breve. Os aparelhos já estão instalados nas praças da rodovia SP-322 nos km 327,5 (Sertãozinho); SP-330 km 350,1 (Sales Oliveira) e km 405 (Ituverava); SP-333 km 449,76 (Florínea); SP-333 km 354,374 (Echaporã); km 315,13 (Marília); km 234,276 (Pongaí).

AS MULTAS MAIS CARAS DO BRASIL:

Motoristas podem ser multados mesmo sem radar

De acordo com a Artesp, mesmo que a praça de pedágio não seja das novas concessões, os motoristas podem ser multados se circularem acima da velocidade nas cancelas automáticas.


Isso porque o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e Polícia Rodoviária Militar podem registrar as multas, já que são os responsáveis pela aplicação e processamento das infrações.

Dicas de segurança:

Para evitar acidentes e colisões nas praças de pedágio, os usuários das pistas automáticas devem estar atentos a algumas regras de segurança:


  • Não entre na pista de pedágio automático se não tiver o tag ou se o tag estiver sem crédito ou desabilitado
  • Respeite o limite de velocidade máxima de 40 Km/h ao passar pelo pedágio.
  • Mantenha distância de pelo menos 30 metros do veículo que está a sua frente.
  • Na entrada e passagem pela pista automática, mantenha velocidade constante e dentro dos limites definidos.
  • Fique atento em relação a veículos pesados ou em alta velocidade na passagem pela pista automática, esses veículos podem ter capacidade de frenagem inferior a do seu veículo;
  • Caso a cancela não abra, aguarde as orientações de um funcionário da concessionária e mantenha o pisca-alerta do seu veículo ligado até o atendimento

Multas

Quem passa até 20% acima da velocidade estipulada comete infração média, segundo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre 21% e 50% a infração é do tipo grave, enquanto acima disso é do tipo gravíssima. Confira abaixo o valor das multas e a pontuação de cada uma delas:

TIPO DE MULTA

VALOR ANTIGO

VALOR NOVO

AUMENTO

LEVE (3 PONTOS)

R$ 53,20

R$ 88,38

66%

MÉDIA (4 PONTOS)

R$ 85,13

R$ 130,16

53%

GRAVE (5 PONTOS)

R$ 127,69

R$ 195,23

53%

GRAVÍSSIMA (7 PONTOS)

R$ 191,54

R$ 293,47

53%

 


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”