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XC90 esportivo anda muito e gasta pouco
Avaliação

XC90 esportivo anda muito e gasta pouco

Avaliamos a versão R-Design, novidade na linha Volvo XC90 2019

Rafaela Borges

11 de abr, 2019 · 7 minutos de leitura.

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Volvo XC90 T8 R-Design
Volvo XC90 T8 R-Design
Crédito:Fotos: Fernanda Freixosa/Divulgação
Volvo XC90 T8 R-Design

O Volvo XC90 ganhou uma versão esportiva. Trata-se da R-Design, que já estava disponível para o XC60. Com preço sugerido de R$ 429.950 (R$ 30 mil mais que a versão Inscription), a nova versão está disponível com o conjunto mecânico chamado de T8, o mais potente da gama.

Esse conjunto é híbrido. Traz motor 2.0 de quatro cilindros com turbo e compressor na dianteira. Sua potência é de 320 cv. Atrás, há um propulsor elétrico de 87 cv. A bateria de 10 kwh fica no centro do carro. Pode ser recarregada na tomada e por regeneração (energia proveniente de frenagens e desaceleração).

A potência combinada é de 407 cv e o torque total, de 65 mkgf. O câmbio é automático de oito velocidades. De acordo com informações da Volvo, o carro vai de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos.

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Visual do XC90 R-Design

A grade do XC90 R-Design é exclusiva e escurecida – nas demais versões, é cromada. O para-choque com detalhes pretos também é novo. Atrás, há mais apliques escuros, no lugar do cromo que circunda as saídas de escape das demais versões. As rodas são de 22 polegadas.

 


Por dentro, o banco traz formato esportivo e é revestido de couro perfurado (o mesmo material está no volante) e Alcântara. Nos painéis e portas, a madeira foi substituída por fibra de carbono.

A alavanca do câmbio é de cristal, exclusividade dos Volvo XC90 T8.

Equipamentos

O pacote de itens de série do XC90 R-Design é bem completo. Há frenagem automática, sistema semiautônomo de condução que funciona a até 130 km/h e alertas de ponto cego e colisão traseira.


O modelo traz ainda sistema de som da Bowers & Wilkins com 19 alto-falantes e ar-condicionado com quatro zonas de temperatura.

Outros destaques do XC90 R-Design são o painel virtual com tela de 12,3″ e a central multimídia com monitor vertical de 9″. O modelo tem sete lugares. Os dois da terceira fileira são rebatíveis.


 

Rodando

O destaque do XC90 R-Design é a suspensão adaptativa. Ajustando automaticamente o carro para o tipo de condução, ela evita balanço excessivo da carroceria em alta velocidade e ajuda a fazer o SUV passar segurança nas curvas.

No modo Pure de condução, funciona só o motor elétrico – a até 120 km/h, por no máximo 40 km. Assim, dependendo do tipo de condução, dá para rodar na cidade quase apenas no modo elétrico. Em ciclo urbano, o consumo declarado é de 16,4 km/l.


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O “quase” é porque, se for preciso fazer uma retomada mais forte, entra o motor a combustão para dar aquela ajudinha básica e não deixar o grandalhão lento nas respostas.

No modo Hybrid o carro roda sempre com os dois motores juntos. No Power também, mas esse é o ajuste da esportividade, no qual o SUV funciona com o máximo do motor a combustão e de rapidez nas trocas de marcha. Aí, as retomadas são impressionantes, projetando as costas contra os bancos.


O XC90 R-Design tem bons acabamento e revestimento acústico. A unidade avaliada, porém, apresentou um pouco de vibração na caixa de som da porta do passageiro dianteiro em volume alto.

Vale destacar também que os R$ 30 mil a mais que a versão Inscription parecem exagerados, já que o nível de equipamentos é o mesmo. O que muda é estética e o tamanho das rodas (21 polegadas na mais barata).

Prós

Versatilidade
Mesmo com visual esportivo e desempenho empolgante, o carro oferece a possibilidade de funcionar só com motor elétrico, reduzindo as paradas para reabastecimento.


Contras

Preço
Os R$ 30 mil a mais que a versão Inscription são exagerados, pois o nível de equipamentos é o mesmo.

Ficha técnica

Motor a combustão – 2.0, 16V, 4 cilindros, turbo e compressor, gasolina
Potência – 320 cv a 5.700 rpm
Torque – 40,8 a 2.200 rpm
Motor elétrico – Traseiro, bateria de 10 kwh
Potência – 87 cv
Torque – 24,5 mkgf
Potência combinada – 407 cv
Torque combinado – 65,2 mkgf
Câmbio – Automático, 8 marchas
Tração – 4×4
0 a 100 km/h – 5,6 segundos
Comprimento – 4,95 metros
Entre-eixos – 2,98 metros
Porta-malas – 721 litros
Tanque – 50 litros

FONTE: VOLVO


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.