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Do Pegasus ao carro de 7.500 anos de idade

O laço vermelho vai se desfazendo lentamente na medida em que os olhos vão arregalando e, sim, o papel de... leia mais

Diego Ortiz

16 de dez, 2014 · 3 minutos de leitura.

Do Pegasus ao carro de 7.500 anos de idade

O laço vermelho vai se desfazendo lentamente na medida em que os olhos vão arregalando e, sim, o papel de presente desembrulhado revela o tão desejado carrinho de controle remoto, um Pegasus, feito pela Estrela até 1989, uma réplica de um BMW M1 que era febre entre as crianças mais carburadas. Aquela flecha de prata singrando o cimento áspero da garagem da casa do meu avô, onde eram celebradas as festas de Natal, é uma de minhas melhores lembranças infantis.

Mas houve um tempo em que remotas eram apenas as distâncias que se percorriam para caçar e sobreviver. É desta época o carro de brinquedo mais antigo do mundo, achado em uma escavação arqueológica em Kızıltepe, uma província da Turquia.

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Feito de pedra e com rodas funcionais, o carrinho está exposto no Museu de Mardin e tem nada menos que 7.500 anos de idade. De acordo com o diretor de cultura e turismo da cidade, Davut Beliktay, a peça é uma cópia dos carros usados hoje e se parece muito com um trator.

E nessas idas e vindas do tempo, chegamos ao carro-drone v1, da empresa B. A engenhoca capaz de deixar qualquer menino grande ou não desejoso tem rodas normais de um carro de controle remoto, mas possui hélices de nylon e fibra de carbono como “aros” da rodas, quem fazem ele decolar.


Quem alimenta o carrinho em atividade por cerca de 15 minutos é uma bateria de 5.000 mAh. Assim como todo drone, o v1 traz uma câmera, que nele é capaz de filmar em resolução de 1280×720 em 30 frames por segundo, armazenadas em um cartão micro SD de 32 GB.

O legal destes três é ver que, independentemente da era que foram usados, eles sempre foram carrinhos. Há algum brinquedo no mundo que seja mais divertido que isso?


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”