Você está lendo...
Honda usa vítima de air bag defeituoso da Takata para alerta em vídeo
Notícias

Honda usa vítima de air bag defeituoso da Takata para alerta em vídeo

Vídeo institucional tem depoimento de uma das vítimas registradas no Brasil do air bag defeituoso da Takata

Redação

28 de ago, 2019 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

takata
TIAGO FERREIRA, DA BAHIA É A ÚNICA VÍTIMA CONHECIDA NO BRASIL
Crédito:HONDA/DIVULGAÇÃO

A Honda Automóveis do Brasil começou a veicular uma campanha sobre os air bags defeituosos da Takata. O vídeo traz Tiago Ferreira, uma das vítimas confirmadas no Brasil. Tiago fala sobre os ferimentos que teve no peito e em outras partes do corpo.

O vídeo conta com uma projeção que mostra como realmente ocorre o defeito. Ao inflar a bolsa, pedaços de metal do componente que libera os gases para encher o “balão”, se partem e são lançados contra os ocupantes.

A campanha foi criada para alertar os proprietários de veículos Honda que ainda não realizaram a troca dos air bags. Os carros envolvidos foram produzidos entre 2001 e 2015. De acordo com a Honda, 58% dos carros da marca envolvidos no recall do air bag defeituoso atenderam as convocações para a substituição do componente.

Publicidade


A Honda no Brasil convocou 871.320 veículos para o recall do insuflador do airbag da Takata. No entanto, o número total de reparos necessários é de 1.574.093, já que alguns modelos podem contar com reparos em ambos os lados: motorista e/ou passageiro.

No vídeo, a montadora também mostra onde e como verificar por meio de seu site se o seu exemplar está envolvido em algum recall. Além do site, a Honda coloca à disposição o telefone 0800-701-3432.

” A Honda tem adotado uma série de medidas para ampliar a comunicação com a totalidade dos proprietários cujos veículos tenham alguma pendência de recall e conscientizá-los sobre a urgência do reparo. Esperamos que com esta campanha possamos ampliar o número de atendimentos. Esta é a nossa prioridade”, comenta Marcelo Langrafe, Diretor de Peças e Serviços Pós-Venda da Honda South America.


História: Air bags defeituosos da Takata

O problema dos air bags defeituosos da Takata estão relacionados a mais de 290 ferimentos em todo o mundo. Segundo a Reuters, do total de 23 mortes ligadas ao air bag defeituoso da Takata, 21 delas ocorreram dentro de veículos da Honda.

Mais de 30 marcas de veículos convocaram mais de 100 milhões de veículos, em todo o mundo, que podem estar com peças defeituosas. Só a Honda, mundialmente, se viu com mais de 13 milhões de carros das marcas Honda e Acura envolvidos no recall.


Segundo fontes do jornal The New York Times, a Takata sabia dos air bags defeituosos desde 2004, quando um primeiro homem foi ferido na abertura de um air bag. A empresa realizou testes e descobriu que toda a produção era defeituosa.

Ao invés de anunciar um recall e parar a produção, executivos ordenaram que todo o material do teste fosse destruído. Entre eles relatórios, vídeos e backups dos servidores para que não houvesse prova de que a companhia sabia do defeito.

O defeito estava no controle de umidade no armazenamento e produção das peças nas fábricas de Estados Unidos e México. Isso fazia com que as peças apresentassem o problema de rompimento do deflagrador.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.