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Renault Duster e Oroch têm air bags defeituosos
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Renault Duster e Oroch têm air bags defeituosos

10.852 unidades dos Renault Duster e Oroch de 2016 a 2019 têm o air bag defeituoso da Takata

Redação

12 de nov, 2019 · 3 minutos de leitura.

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picapes
PICAPE OROCH
Crédito:Renault/Divulgação

A Renault convocou os proprietários de 10.852 unidades dos modelos Duster e Oroch por um defeito nos air bags. É mais um caso dos componentes defeituosos fornecidos pela Takata ao redor do mundo. Os modelos convocados foram produzidos entre 14 de setembro de 2016 e 19 de junho de 2019.

Segundo o comunicado da Renault, o defeito está ligado a uma não conformidade nos air bags que equipam os carros. Em caso de colisão, a bolsa que deveria inflar pode não abrir, ou abrir de maneira não adequada. Isso pode levar a lesões graves e ou fatais aos ocupantes e a terceiros.



A Renault aproveita ainda o recall para chamar novamente os proprietários de unidades 2014, que não atenderam ao primeiro recall, divulgado em 26 de janeiro de 2017. Para solucionar o problema, a Renault vai realizar a verificação e ou substituição do componente. O serviço é gratuito e leva cerca de uma hora para ser realizado.

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Para outras informações e agendamento, a Renault coloca à disposição dos clientes o telefone 0800 055 5615 e o site da marca.

Confira a numeração do chassi

A numeração não sequencial dos chassis envolvidos de Duster vão de HJ474607 até J600336, de KJ746823 até J797677 e de LJ002318 até LJ995785. Os chassis de Duster Oroch vão de HJ499387 até J589223, de KJ526365 até J799840 e de LJ002342 até LJ998632.

duster

RENAULT/DIVULGAÇÃO
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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”