A Hyundai fez uma mexida das boas no HB20 e deu ao compacto vários itens novos, visual repaginado e um bom motor 1.0 turbinado. Mas hatch e sedã ainda têm alguns pontos negativos que podem afastar o comprador. O modelo foi lançado em setembro de 2019 e, desde então, não vem emplacando os bons números da geração passada.
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O visual polêmico é um dos pontos mais citados como um dos motivos do sucesso “morno” do modelo. Entre comentários de leitores e opiniões de especialistas, o assunto mais falado é que o novo HB20 não tem o mesmo charme do modelo anterior. Embora as linhas sejam semelhantes aos novos Hyundai vendidos em outros países, elas não vêm fazendo muito sucesso. Isso porque os carros que serviram de inspiração para o HB20, como o novo Sonata, também sofrem críticas nos países onde são vendidos. Ainda que o conjunto mecânico seja digno de elogios, o visual não ganhou o público.
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HB20 mantém boa dinâmica
Se é controverso no estilo, o HB20 manteve o bom conjunto mecânico e comportamento dinâmico. Digno sempre de boas notas. O motor 1.0 turbo, que já existia na versão anterior, mas com quase nenhuma atenção da marca, ganhou injeção direta e agora entrega 120 cv. O câmbio automático mantém as seis marchas. Mas agora tem aletas para trocas no volante. O desempenho é bom e o HB20 continua agradando quem gosta de uma condução mais entusiasmada.
As suspensões continuam com o bom trabalho de antes. Não são duras e nem molengas demais. E a rigidez estrutural aumentou em 17%, o que deixou o carro mais sólido em curvas.
Outra novidade boa é que o HB20 ganhou leitor de faixa de rolamento e um exclusivo sistema de frenagem autônoma. O modelo detecta a presença de um carro ou pedestre à frente e incia uma frenagem de emergência para evitar uma colisão ou atropelamento se for necessário. Já o leitor de faixa avisa o motorista caso o compacto invada a faixa ao lado sem que o condutor tenha sinalizado a manobra.
HB20 segue em balança de piora e melhora
Por outro lado, a Hyundai mudou os instrumentos para pior. Em vez de instalar um painel virtual como do rival VW Polo, tirou os bons mostradores analógicos e instalou um velocímetro digital curiosamente parecido com o que a GM usava no Onix antigo.
Já o acabamento está bem melhor que o do HB20 anterior, que rompeu barreiras com seu conceito “Y”, mas que já dava sinais de cansaço. Agora, a ergonomia é melhor, os materiais de acabamento são mais sofisticados e, se fosse em um teste cego, compradores nunca diriam que o HB20 é do mesmo segmento que o VW Polo, tamanha disparidade interna a favor do coreano feito em Piracicaba (SP).
Além disso, o compacto ficou caro. As versões de entrada até começam em razoáveis R$ 44.990, mas o HB20 turbo mais barato custa elevados R$ 67.190. Para ter todos os itens eletrônicos novos, é necessário pular para a versão Diamond Plus, a R$ 77.990.