A propagação do novo e letal coronavírus já está impactando os negócios na China. A cidade de Wuhan, a Detroit chinesa, como é chamada, está em estado de alerta e grande parte da produção de veículos foi paralisada. Só na cidade, foram 1.300 infectados e 41 mortes confirmadas.
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A cidade é o lar de grandes fábricas da General Motors, Nissan, Renault, Honda e PSA. Além disso, há unidades das parceiras SAIC, da GM, e Dongfeng, uma das grandes acionistas da PSA. Só a unidade da GM-SAIC tem cerca de 6.000 funcionários, 10% da força de trabalho total da empresa no país.
A cidade, com 11 milhões de habitantes, está parcialmente bloqueada depois que o aeroporto e as estações ferroviárias foram fechadas para passageiros desde a última quinta-feira, dia 23. Além disso, todos os serviços de transporte público da cidade foram suspensos. E algumas das principais rodovias foram fechadas.
Fora Wuhan, pelo menos outras 10 cidades e quase 30 milhões de pessoas no distrito central de Hubei estão enfrentando restrições de viagem. Já Pequim e Xangai estão no mais alto nível de alerta para uma emergência de saúde pública. Se as duas forem bloqueadas também, seriam mais 45 milhões de pessoas impedidas de saírem de casa.
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O que as montadoras estão fazendo
Como foram confirmados três casos dos vírus na França, a PSA resolveu retirar seus funcionários franceses expatriados de Wuhan. Tudo para que o vírus não se alastre. Em comunicado global, o grupo informou que “a evacuação foi implementada em total cooperação com as autoridades chinesas e o consulado geral francês. Ela envolveu 38 pessoas, entre funcionários e familiares”.
A Honda comunicou que suas fábricas ficarão fechadas preliminarmente até 2 de fevereiro. Já o porta-voz da Renault, Rié Yamane, afirmou que a fabricante “está estudando cuidadosamente a questão internamente junto dos diferentes departamentos da empresa e da China. Sempre respeitando os regulamentos das autoridades chinesas”.
O porta-voz da GM, Jim Cain, por sua vez, disse que a empresa está acompanhando o desenvolvimento do caso e aconselha os funcionários que não estão se sentindo bem para não irem ao trabalho. “O mais importante é conter o vírus – a produção é secundária à saúde da equipe e da comunidade”.