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Picape Peugeot Landtrek chega ao Brasil em 2021
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Picape Peugeot Landtrek chega ao Brasil em 2021

Inédita, picape Peugeot Landtrek terá 5,33 metros de comprimento, motores a gasolina e turbodiesel, tração 4x4 e será lançada no Brasil em 2021

Tião Oliveira e Igor Macário

20 de fev, 2020 · 9 minutos de leitura.

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Peugeot Landtrek
Peugeot
Crédito:Peugeot/Divulgação

Peugeot Landtrek. Esse é o nome da nova picape da marca francesa, que será lançada primeiro na América Latina. O modelo médio é inédito e concorrerá com Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger, entre outros. A estreia da Peugeot Landtrek ocorrerá no México, já no segundo semestre deste ano.

O lançamento no Brasil está programado para 2021. Essas informações já haviam sido antecipadas pelo Jornal do Carro, em outubro do ano passado.

A picape Peugeot Landtrek terá apenas cabine dupla e motores a gasolina e turbodiesel. No mercado brasileiro, o modelo deverá ser vendido apenas com a segunda opção.

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Peugeot Landtrek levará mais de 1 tonelada

Uma das apostas é um 2.0 turbodiesel de 180 cv. O câmbio será automático e tração traseira, com opção de 4×4 com reduzida ativado por seletor, como nas rivais.

A nova picape da Peugeot é baseada na Changan Kaicene F70. Trata-se de um modelo da marca chinesa que é parceira do grupo PSA Peugeot Citroën.

A nova picape terá 5,33 metros de comprimento 1,92 m de largura e capacidade para levar mais de uma tonelada de carga. Ainda assim, o modelo deverá ser voltado mais ao lazer que ao trabalho.


peugeot landtrek

Picape bem equipada

Em comunicado enviado à imprensa, a Peugeot informa que a Landtrek oferecerá “uma condução agradável em qualquer tipo de atividade ao ar livre”. A marca também destaca o desenho das rodas de alumínio, que “foi otimizado”.

Entre as soluções eletrônicas a Peugeot Landtrek terá sistema multimídia com tela de 10 polegadas sensível ao toque. O dispositivo será compatível com as plataformas Apple CarPlay e Android Auto, além de disco rígido de 10 GB. Outro destaque são as câmeras com visão panorâmica de 360°.


peugeot landtrek

O modelo trará itens como Hill Descent Control. Com esse sistema, que funciona como uma espécie de freio-motor, o motorista não precisa pisar no pedal de freio em descidas íngremes. Mesmo sobre piso com pouca aderência.

Também em relação à segurança, haverá sistema que ajuda a manter o picape sob controle após mudanças bruscas de direção. Há ainda seis air bags de série.


Mercado agitado

O mercado de picapes tem suas particularidades, e elas não são exclusivas do Brasil. Modelos bem-sucedidos não necessariamente são os mais baratos e/ou bonitos. Entre os fatores que fazem o sucesso da picape utilizada tanto para trabalho quanto lazer estão confiabilidade mecânica, lista de equipamentos e, vá lá, algum status.

E quando atingem o patamar de Toyota Hilux Fiat Strada, as campeãs entre as picapes médias e compactas, respectivamente, é difícil alguma novata ganhar público e ascender ao topo.

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Casos como o da Fiat Toro são raros, embora o sucesso da veterana Strada tenha ajudado a endossar a aposta na confiabilidade da nova picape. Por isso, marcas como a Volkswagen ainda estudam cuidadosamente a entrada no segmento.

Embora o conceito da picape Tarok tenha feito sucesso no Salão de São Paulo de 2018, a produção em série do modelo ainda está sendo estudada. A informação é do presidente da Volkswagen para a América Latina, Pablo Di Si. Se o projeto da picape sair mesmo do papel, será concorrente direto da Fiat Toro.


Atlas cancelada

A Tarok ainda pode chegar às ruas, diferentemente da picape média que a Volkswagen chegou lançar no mercado americano. O modelo seria baseado no SUV Atlas, e também teve uma versão conceitual que fez sucesso junto ao público, o Atlas Tanoak. A VW concluiu que não seria viável fazer uma picape com carroceria do tipo monobloco para os Estados Unidos, onde as consagradas líderes de venda usam carroceria sobre chassi.

Por aqui, a VW vende a Amarok com relativo sucesso. Em 2019, foram emplacadas 18.911 unidades. Com isso, o modelo fica ali pelo meio do caminho no segmento.


Da Renault, a Duster Oroch nunca decolou em vendas, embora o projeto tenha qualidade. A picape da marca francesa é mais barata que a Toro e pra lá de valente. Mas a falta de experiência da Renault no segmento pode ter empacado os negócios.

Tanto que a marca reluta em trazer a Alaskan ao País. O modelo médio compartilha a plataforma da Nissan Frontier. Ou seja, com ela a Renault teria uma representante interessante disputando vendas no segmento de médias.



O problema é que nem a Nissan, marca com tradição no segmento, vende muitas Frontier por aqui. Em 2019, foram emplacadas 8.089 unidades no mercado brasileiro. Trata-se de uma fração das 40 mil Hilux vendidas no mesmo período. Isso pode ter desencorajado ainda mais a Renault a tentar oferecer a Alaskan no Brasil.


Classe X

A Frontier, aliás, “dá pano para manga”. A Mercedes-Benz também utilizou a base do modelo da Nissan para dar origem à sua primeira picape média. A expectativa da mara alemã era alta, com planos de produção na Argentina e vendas globais.

A Classe X entrou em produção na Espanha, juntamente com as Frontier e Alaskan destinadas ao mercado europeu. Já a linha de produção que seria montada na Argentina ficou cara demais para a Mercedes-Benz.


A alemã demandou melhorias no produto que seria feito ma fábrica argentina da Nissan. Isso deixou a Classe X muito cara. Sem conseguir chegar a um acordo com a parceira, a Mercedes acabou cancelando o projeto. O modelo sairá de linha na Europa em breve.

Chevrolet e Ford terão novidades

A Chevrolet e a Ford têm longa história de sucesso no segmento de picapes. No Brasil, a primeira faz sucesso com a S10 entre as médias. E continua oferecendo a Montana, que disputa vendas no segmento de compactas.

Da Ford, a Ranger não é a mais vendida. Mas é um dos modelos mais modernos do mercado. A marca já ofereceu aqui a Pampa, que era derivada do Corcel.


A novidade é que ambas terão modelos inéditos que disputarão o segmento intermediário. Os dois novos modelos disputarão compradores com a Toro e a Oroch, entre outras. As picapes inéditas chegarão ao Brasil entre 2021 e 2023.

Atualizada ás 10h13

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.