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Com coronavírus, carro foi de ‘vilão’ a ‘mocinho’ em pouco tempo
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Com coronavírus, carro foi de ‘vilão’ a ‘mocinho’ em pouco tempo

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o automóvel passou a ser uma forma segura para compras e está sendo aliado até na campanha de vacinação

Hairton Ponciano Voz

27 de mar, 2020 · 5 minutos de leitura.

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campanha de vacinação
Para especialista da Jato Dynamics, a vacinação em massa é a única solução para tirar o setor automobilístico da crise causada pela pandemia da Covid-19
Crédito:Wilton Junior/Estadão

Não faz muito tempo, os automóveis eram considerados vilões, responsáveis por causar poluição e congestionamentos. Por causa disso, muita gente trocou o carro pelo transporte público, seja metrô ou ônibus. Pela comodidade, veículos de uso compartilhado, como táxis e carros de aplicativos, também passaram a ser uma opção natural. Mas, com a pandemia do novo coronavírus, o cenário mudou novamente. De “inimigo”, o automóvel voltou a ser um aliado mais seguro na luta contra a covid-19. A razão principal é que o espaço privado oferece maior segurança contra contaminação. E os serviços estão se adaptando ao novo momento. Sistemas do tipo “drive thru”, em que não é preciso sair do carro para compras, estão em alta.

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O exemplo mais notório dos novos tempos é a campanha de vacinação contra a gripe, que começou esta semana. Para evitar a proximidade entre as pessoas e diminuir a possibilidade de contágio do novo coronavírus, é possível tomar a vacina sem sair do automóvel.

Apesar das filas de automóveis diante das Unidades Básicas de Saúde (UBS), o sistema proporcionou até mais conforto. Isso porque, quem compareceu aos postos de vacinação motorizado, pôde ser atendido sem sair do veículo.


Automóvel oferece conforto e proteção contra coronavírus

O automóvel tem se transformado também em um eficiente “escritório” ambulante. Modelos como o Chevrolet Onix, Cruze e o novo Tracker podem até vir com internet a bordo, o que possibilita maior conectividade. Conexão do celular via Bluetooth com a central multimídia permite até que o usuário participe de reuniões virtuais entre os deslocamentos.



Até um passado recente, algumas agências de bancos em São Paulo ofereciam serviços como saques e depósitos sem necessidade de sair do automóvel. No entanto, o Bradesco, uma das instituições que disponibilizavam o serviço em determinados locais, informou que ele não é mais oferecido. Em algumas farmácias e mesmo supermercados, no entanto, é possível fazer compras sem entrar no estabelecimento.

Na Inglaterra, também por causa do coronavírus, a cervejaria Beartown (abaixo), localizada na pequena cidade de Congleton, ao sul de Manchester, adotou o sistema de drive thru, no qual os clientes podem receber a bebida sem sair do carro.


Rede de lanchonetes popularizou conceito

O sistema “drive thru”, forma simplificada do inglês “drive through”, algo como passar por ou através de algo, não é novo, mas ganhou novas possibilidades diante da atual pandemia.

O drive thru mais popular é o oferecido por lanchonetes como o Mc’Donalds, no qual o cliente, sem sair do carro, faz seu pedido e paga em um guichê e retira no próximo, sem necessidade de entrar na loja.


O objetivo inicial era tornar o atendimento mais ágil, para quem não tinha tempo. Mas, em tempos de isolamento social e necessidade de distanciamento entre as pessoas, a modalidade ganhou mais relevância.

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