Você está lendo...
Moto da Aston Martin e Brough Superior entra em testes
Notícias

Moto da Aston Martin e Brough Superior entra em testes

Aston Martin AMB 001 fez o primeiro teste de pista e será um modelo "de imagem" permitida apenas para as pistas

Redação

30 de jun, 2020 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

amb 001
AMB 001
Crédito:ASTON MARTIN

A Aston Martin divulgou as primeiras imagens da AMB 001 em testes. Primeira motocicleta da fabricante inglesa de esportivos, o modelo foi desenvolvido em parceria com a centenária marca Brough Superior. A nova moto surgiu como um protótipo durante o Salão de Milão (EICMA), na Itália, no ano passado.

A AMB 001 será um modelo “de imagem”, assim como a H2R é para a Kawasaki e a Superleggera V4 para a Ducati. Aliás, outra similaridade com a superesportiva da marca japonesa é que o modelo da Aston só poderá rodar em pistas. Não há faróis, espelhos e piscas, itens de segurança obrigatórios para motos que circulam por vias públicas.



O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Publicidade


O coração da AMB 001 é um motor dois cilindros em V com turbo que rende 180 cv de potência. Isso é outra semelhança com a Kawasaki HR2, que também tem motor sobrealimentado. O câmbio é de seis marchas. Ela tem 180 kg (a seco) graças ao chassi de alumínio. As peças são produzidas em fibra de carbono, como o tanque de combustível e a carenagem.

Na pista de Pau-Arnos, na França, o modelo em teste fez uso da mesma padronagem dos carros da Aston Martin. Isso significa uma camuflagem na cor amarelo. O teste serviu para iniciar a validação de tudo que a companhia fez até agora em termos de geometria de chassi e também comportamento dinâmico. O modelo tem itens bastante exclusivos, como a suspensão dianteira no estilo duplo A, que reduz o impacto transferido diretamente ao guidão e piloto.


ASTON MARTIN

Preço

A Aston Martin Brough Superior AMB 001, vale lembrar, terá apenas 100 exemplares produzidos artesanalmente. As primeiras unidades começam a ser entregues no final do ano. Cada um dos exemplares vai custar a “bagatela” de €108 mil. Na cotação atual, isso é o equivalente a R$ 650 mil. Só não compra quem não quer.

ASTON MARTIN
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”