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Audi cria diesel sintético usando CO2 da poluição e água

Os vampiros começaram a brilhar na luz. Frankenstein agora é um herói e até o Dr. Hannibal Lecter se humanizou em... leia mais

Diego Ortiz

21 de jul, 2015 · 3 minutos de leitura.

Audi cria diesel sintético usando CO2 da poluição e água

Os vampiros começaram a brilhar na luz. Frankenstein agora é um herói e até o Dr. Hannibal Lecter se humanizou em uma nova série de TV. Resultado: sobrou para o automóvel o papel de vilão único da sociedade, com seus escapamentos e gases mais sufocantes que um estragulamento de Jason Voorhees.

Mas como é de onde menos se espera que surge a salvação, a Audi, uma das maiores fabricantes de carros do mundo, promete dar fim a esse calvário sobre rodas e ainda ajudar outros agentes poluentes a limpar sua barra. A empresa alemã criou em seus laboratórios o e-diesel, um combustível totalmente sintético obtido com água, eletricidade e CO2.

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Isso mesmo, o processo tira o dióxido de carbono do ar utilizando um método direto de captura criado pela empresa Climeworks. Após isso, uma unidade de eletrólise pega a água e a divide em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio é então forçado a reagir com o CO2 em dois processos químicos realizados a 220 graus Celsius e a uma pressão de 25 bar para produzir um líquido energético, chamado de azul bruto. Que nada mais é´que o diesel sintético.

No evento de apresentação do combustível, o Ministro de Educação e Pesquisa da Alemanha, Prof. Dr. Johanna Wanka, disse que que o A8 3.0 TDI de uso do governo já vai andar somente com esse combustível a partir de agora e que “se pudermos fazer uso generalizado de CO2 como matéria-prima, vamos desempenhar um papel crucial na proteção do clima e colocar os fundamentos da ‘economia verde’ no lugar devido”.


Enquanto isso, no Brasil, os preços dos combustíveis só aumentam e na maioria dos estados não é vantajoso abastecer o carro com etanol porque “Gol da Alemanha…”

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.