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Mustang elétrico Mach-E deve vir ao Brasil
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Mustang elétrico Mach-E deve vir ao Brasil

O Mustang Mach-E é feito no México, o que facilita a importação, devido ao acordo comercial com o Brasil

Hairton Ponciano Voz

02 de dez, 2020 · 8 minutos de leitura.

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mach e
O Ford Mustang Mach-E é um SUV 100% elétrico, que já é vendido nos EUA e custa a partir de US$ 43.895
Crédito:Ryan Young/New York Times
ford mustang mach e

O SUV elétrico Mustang Mach-E deverá ser vendido no Brasil no ano que vem. Ontem, durante coletiva virtual, o presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters, disse que vem trabalhando para trazer o modelo 100% elétrico ao País, mas ainda não sabe quando isso ocorrerá. O Mach-E, que é feito no México (país com o qual o Brasil mantém acordos bilaterais de comércio), já está à venda nos Estado Unidos, e vem fazendo muito sucesso por lá. Por isso, a Ford pretende ampliar as possibilidades comerciais do SUV elétrico, que também deverá chegar à Europa no primeiro trimestre do ano que vem.

O Mustang Mach-E é produzido em quatro versões. A básica, Select, custa US$ 43.895, ou cerca de R$ 232 mil, na conversão direta, sem impostos. A Premium sobe para US$ 47 mil (equivalentes a R$ 248 mil). A California Route 1 sai por US$ 49.800 (R$ 263 mil), enquanto a topo de linha, GT, salta para US$ 60.500 (R$ 320 mil).

Na versão Select, o motor elétrico gera 259 cv, com opção de tração traseira e integral. O torque é variável, entre  42,1 mkgf e 59,1 mkgf. Na California Route 1, a tração é só traseira. A potência é de 285 cv, e o torque, 42,1 mkgf. A Premium tem 338 cv e o mesmo torque para as trações traseira e integral.

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Mustang elétrico chega a 100 km/h em 3,5 s

Já a GT tem 465 cv e 84,6 mkgf. Com essa força, a Ford promete aceleração de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. São números de um bom esportivo. A autonomia varia de 338 km a 480 km, dependendo da versão.

O Mach-E tem três opções de modos de condução: whisper, engage e unbridled, este último o esportivo. A central multimídia mostra tráfego em tempo real, rota em nuvem para segurança e busca inteligente em 25 idiomas. Tudo apresentado em uma tela de 15,5 polegadas. O sistema é compatível com Waze, Alexa, Pandora, Domino’s e Accu Wheater (que mostra previsão do tempo).



Para abrir as portas, basta pressionar um botão. Por dentro, além da enorme tela, há dez alto-falantes com potência total de 500 Watts, teto solar panorâmico (de série nas versões mais caras), carregador de celular por indução e saídas de ar atrás, além de entradas USB com modo de carregamento.


Mach-E tem dois porta-malas

Um segundo porta-malas na frente, no lugar onde ficaria o motor dos carros a combustão, pode virar um cooler. Dá para colocar gelo e manter refrigerados bebidas e alimentos. A tampa sela o compartimento, que tem 91 litros de capacidade.

Um dos destaques é um app feito pela Ford Pass. O sistema informa a autonomia da bateria e indica um local de recarregamento mais próximo, sempre de acordo com a rota e a carga restante.

O SUV elétrico tem um carregador à prova d’água que será vendido para uso em residências. De acordo com a montadora, com a utilização desse sistema bastam dez minutos de recarga para que o carro possa rodar 75 km. Como é de praxe no mercado, a bateria tem garantia de oito anos ou 100 mil quilômetros.


Foram feitos estudos de som nos EUA, Europa e China para escolher o “barulho do motor” do Mach-E. Isso porque carros elétricos não emitem som, o que pode ser perigoso para pedestres. O “ronco” escolhido parece o dos carros voadores da animação Os Jetsons.

Bronco, Mustang Mach 1 e Ranger Black também vêm aí

Além do Mach-E, que ainda é uma possibilidade, Lyle Watters confirmou que a marca irá importar no ano que vem outras três novidades para Brasil: o SUV Bronco, o esportivo Mustang Mach 1 e a Ranger Black.

ford bronco
Ford/Divulgação

O Bronco, que também é feito no México e foi lançado neste ano, tem duas configurações bem distintas: Bronco e Bronco Sport. A primeira é mais rústica e feita sobre chassi. Tem grande capacidade no fora de estrada e duas opções de motor a gasolina com turbo: 2.3 de 270 cv e 2.7 V6 de 310 cv. Seu rival direto é o Jeep Wrangler.

Já o Bronco Sport utiliza estrutura monobloco e tem porte semelhante ao do Jeep Compass. Entre as opções de motor, há um 1.5 turbo de três cilindros e 184 cv e um 2.0, também com turbo, que gera 248 cv.

ford mustang mach 1
Ford/Divulgação

A notícia da importação do Mustang Mach 1 é uma surpresa. O modelo é uma reedição do clássico produzido em 1968. Entre os diferenciais em relação ao Mustang “convencional” estão a grade com os espaços reservados aos faróis auxiliares, para-choque, aerofólio e rodas.

Além do visual chamativo, o Mach 1 tem pegada mais esportiva. O motor 5.0 V8 gera 486 cv, 20 cv a mais que o da versão atualmente à venda no Brasil (Mustang GT) e tabelada a R$ 354.990.

ranger black
Ford/Divulgação

Quanto à Ranger, além do anúncio da fabricação da nova geração na Argentina, a Ford informou que irá trazer a versão Black. O modelo, como o nome sugere, se caracteriza pelo acabamento preto em elementos como grade, corpo de retrovisores e rodas.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”