O Nissan Magnite já é realidade para os indianos. O novo SUV de entrada da marca japonesa está à venda no país, com preço inicial de 499 mil rúpias, o equivalente a R$ 35,2 mil. Pela versão mais cara com motor 1.0 turbo e câmbio CVT, é pedido 945 mil rúpias ou R$ 66,6 mil na conversão direta. Dessa forma, o novato fica abaixo do Kicks, que parte de R$ 67 mil.
Porta-malas de 336 litros
Desenvolvido no Índia, o Magnite utiliza da plataforma CMF-A+, uma versão crescida do chassi do Renault Kwid. Mas a despeito do parentesco, o novo SUV é bem maior que o hatch de entrada da marca francesa. São 3,99 metros de comprimento, 1,76 m de largura e 1,57 m de altura. O entre-eixos mede 2,50 m, e o porta-malas tem capacidade para 336 litros.
Só a título de comparação, o Kwid tem 3,69 m de comprimento, 1,58 m de largura e 1,50 m de altura. Seu entre-eixos mede 2,42 m e o porta-malas comporta 300 litros. Ou seja, é razoavelmente menor.
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Inscreva-seVersões aspirada e turbo
Na Índia, o Magnite chega em quatro versões (XE, XL, XV e Premium) e com duas opções de motor e câmbio. O 1.0 3-cilindros aspirado a gasolina fornece 72 cv de potência e 9,7 mkgf de torque. Já o 1.0 turbo produz 100 cv e até 16,3 mkgf — quando combinado ao câmbio manual de cinco marchas. Com a caixa automática CVT, o torque máximo é de 15,4 mkgf.
Ambos os motores podem usar transmissão manual ou automática, o que amplia o leque de opções. No Brasil, ainda é cedo para essa definição. É algo que os executivos da marca japonesa deverão fazer ao longo de 2021, já que o Magnite está previsto para estrear por aqui em 2022.
Por aqui, o novo SUV da Nissan deverá contar com o aguardado motor 1.0 SCe turbo da Renault. Além disso, segundo o site Autos Segredos, o Magnite nacional pode trocar de base e usar da arquitetura CMF-B, que servirá às novas gerações de Logan e Sandero. Seria parecido com o que a Renault fez com o Captur, que deriva do Clio na Europa, e do Duster no Brasil.
Cabine simples e conectada
Voltando ao Magnite da Índia, o SUV chega com relação custo/benefício interessante. A cabine é simples, mas entrega bom espaço e traz recursos modernos. A versão Premium, por exemplo, vem de fábrica com multimídia de 8 polegadas no painel, quadro de instrumentos em tela TFT de 7 polegadas e chave presencial com partida do motor por botão.
Na parte de segurança há airbags frontais e ABS com EBD, controle de tração, assistente de arranque em subidas, monitor de pressão dos pneus, Isofix e controle dinâmico do veículo. O Magnite também pode ter a câmera 360º do Kicks. E entre os opcionais, há sistema de carregamento por indução para smartphones e alto-falantes premium da JBL.
Substituto do March
O Magnite deverá substituir o hatch March, que saiu de linha em setembro deste ano. A montadora vai priorizar o segmento de SUVs no Brasil, enquanto se vale do acordo com o México para trazer a nova geração do sedã Versa, lançada em outubro. Posicionado abaixo do Kicks, o Magnite deverá ter preços nas faixas de R$ 60 mil e R$ 70 mil.