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Renault Kiger, o SUV do Kwid, estreia neste mês para encarar o Nissan Magnite
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Renault Kiger, o SUV do Kwid, estreia neste mês para encarar o Nissan Magnite

Com apelo tecnológico e moderno, Kiger será apresentado dia 28 de janeiro e iniciará vendas no mercado indiano. Produção do Nissan Magnite poderá contribuir para vinda do SUV da Renault

Emily Nery, para o Jornal do Carro

08 de jan, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Divulgação/Renault

Como já anunciamos por aqui, a nova onda SUVs pequenos, ou subcompactos prometem travar uma acirrada disputa no mercado brasileiro. Longe daqui, o Renault Kiger, o “SUV do Kwid” feito para o mercado indiano, já tem data marcada para ser apresentado globalmente – 28 de janeiro. O lançamento global reforça a intenção da montadora em levar o Kiger para mercados emergentes.

Desenvolvido para ter menos de 4 metros de comprimento, para receber uma carga de impostos menor na Índia, o Kiger é feito sob a arquitetura modular CMF-A+. Essa é uma configuração alongada da plataforma do Kwid. Similarmente, o Nissan Magnite, concorrente direto do SUV, utilizará a mesma arquitetura. Por aqui, ele ficará a uma posição abaixo do Duster.

Divulgação/Renault

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Com um design moderno e apelo jovem, o utilitário esportivo adota faróis bipartidos – um fina fileira em LED que se estende de lado a lado da dianteira, além de seis pequenos faróis quadrangulares na porção inferior. Destaque também para as lanternas traseiras no formato da letra C e para o design disruptivo nas rodas

Kiger virá completo desde sua versão de entrada

Entretanto, uma das grandes expectativas em torno do pequeno SUV está na oferta de tecnologias e modernidades. A Renault afirmou que o modelo de produção terá cerca de 80% do design e equipamentos da versão de protótipo.


Ou seja, podemos esperar uma tela sensível ao toque do tipo flutuante, painel de instrumentos digital, iluminação ambiente e controle automático de temperatura. Além disso, registros de testes mostram que é provável que ele disponha de teto solar elétrico. Aliás, espera-se que o Kiger venha completo desde sua versão de entrada.

Divulgação/Renault

Sob o capô, a imprensa asiática afirma que a Renault disponibilizará duas opções de motorização. Assim, o primeiro será o 1.0 aspirado de 3 cilindros que desenvolverá 95 cv de potência que trabalhará junto à transmissão manual.


Enquanto o segundo será o inédito motor 1.0 turbo que rende 100 cv. Neste caso, a Renault o equipará com câmbio do tipo CVT. O conjunto mecânico irá variar conforme à versão do compacto.

No território indiano, ele irá enfrentar uma onda de novos SUVs pequenos, como o Hyundai Venue, Nissan Magnite, Kia Sonet e Suziki Vitara Brezza. Para 2022, a Nissan confirmou a produção do Magnite na fábrica de Resende (RJ), cuja montagem pode contribuir para a vinda do Kiger.



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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”