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Tesla pretende aceitar bitcoin como pagamento, após investir US$ 1,5 bi na criptomoeda
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Tesla pretende aceitar bitcoin como pagamento, após investir US$ 1,5 bi na criptomoeda

Investimento faz com que criptomoeda atinja preço recorde de US$ 48,2 mil. Por conta da instabilidade, Bitcoin ainda é tratado com certa cautela

Emily Nery, para o Jornal do Carro

10 de fev, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Elon Musk
Elon Musk em Nova York
Crédito:Foto: Brendan McDermid/Reuters
Elon Musk, dono da Tesla

O mercado financeiro iniciou essa semana com uma novidade que promete entusiasmar investidores de ciptomoedas. A Tesla anunciou o investimento de US$ 1,5 bilhão em bitcoin, principal criptomoeda do mundo.

A montadora revelou o plano à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA durante a apresentação do relatório anual 10-K nesta segunda (08). Dessa forma, a empresa de Elon Musk relevou também que pretende aceitar bitcoin como forma de pagamento em um “futuro próximo”.

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O anúncio veio em um momento em que os clientes da Tesla pressionam o CEO a aderir à criptomoeda como uma forma de pagamento. Por sua vez, o dono da companhia tem se mostrado favorável a esse tipo de pagamento. Contudo, um pouco antes de divulgar o investimento, Musk publicou uma série de tweets exaltando o Dogecoin, um tipo de criptomoeda. Em seguida, o preço do Dogecoin disparou.

De acordo com o relatório, a empresa busca diversificar seus investimentos e maximizar seus lucros. A fabricante encerrou 2020 com cerca de US$ 19,3 bilhões em dinheiro de caixa.


Como resultado da notícia, o preço do bitcoin saltou 20% e atingiu o recorde histórico de US$ 48,2 mil (R$ 259 mil na conversão direta) nesta terça-feira (09), segundo a Bloomberg.

Vale reforçar que o valor do ativo triplicou nos últimos três meses, na medida que grandes empresários passaram a aplicar altas quantias na criptomoeda. Essa mudança de investimento ocorre no momento em que o dólar sofre desvalorização.

Elon Musk escerve uma série de tweets apoiando o bitcoin
Reprodução/Twitter

Alta volatilidade

No entanto, o bitcoin é considerado extremamente volátil. Nos últimos 90 dias, as oscilações diárias de preço foram de 72%. Quando comparado ao euro, esse índice fica em torno de 6%.

Contudo, a Tesla reconhece a liquidez de seu investimento e mesmo assim admite que a volatilidade cambial ocorre em vários dos mercados onde atua.

Para a Reuters, o presidente da CoinShares, Danny Master, acredita que a empresa deverá definir uma taxa de câmbio que durará um curto tempo. Eles provavelmente continuarão a definir o preço da Teslas em dólares e então dirão, ‘Envie-nos dólares ou nos envie bitcoin e se você nos enviar bitcoin, o preço é válido por cinco minutos”, afirmou.


Novo Tesla Model S
É provável que o pagamento do novo Model S poderá ser feito por meio do bitcoin Divulgação/Tesla

A mudança acontece junto o anúncio do novo Model S, que passa pela sua primeira grande reestilização. O Model X atualizado também deve chegar em breve.



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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”