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Mercedes Classe C troca de geração, eletrifica todas as versões e herda interior de Classe S
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Mercedes Classe C troca de geração, eletrifica todas as versões e herda interior de Classe S

Sedã da Mercedes se blinda com conectividade e sofisticação para enfrentar o Série 3. Contudo, aposenta motor V8 da versão AMG

Emily Nery, para o Jornal do Carro

24 de fev, 2021 · 9 minutos de leitura.

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Novo Mercedes-Benz Classe C
Nova geração do Mercedes-Benz Classe C passou a ser produzida na Europa. Quando vier ao Brasil, ficará mais cara, uma vez que 35% de seu preço será oriundo do Imposto de Importação
Crédito:Divulgação/Mercedes

A Mercedes finalmente apresentou a nova geração do Classe C. Nas carrocerias de sedã e perua, o modelo adota integralmente motores eletrificados juntos de unidades quatro-cilindros, aposenta o V6 e V8 da versão AMG e herda o luxuoso visual do Classe S. Desta vez, o sedã virá ao Brasil importado da Alemanha.

Sob o codinome de W206, o novo Classe C é construído na nova plataforma MRA, arquitetura voltada a veículos eletrificados desde suas prospecções.

Dessa forma, ele mede 4,75 metros de comprimento na carroceria sedã, isto é 6,5 cm a mais do que a antiga geração. O entre-eixos de 2,86 m cresceu 2,5 cm, enquanto a largura de 1,82 m aumentou 1 cm.

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Novo Mercedes-Benz Classe C
Divulgação/Mercedes

Embora a conservadora identidade visual da Mercedes não permitisse grandes alterações no design, o carro-chefe de vendas conseguiu ficar mais sofisticado.

Fazendo alusões a seus irmãos como o Classe E e Classe S, ele adota novos faróis full LED mais angulares e uma grade mais larga. Como tradição, o logotipo da marca vai bem ao centro da grade, no entanto, algumas versões não terão o símbolo estampado no capô.


Divulgação/Mercedes

Na traseira, as lanternas agora ficam na orientação horizontal, invadem a tampa do porta-malas e chegam perto da placa. Desta vez, a linha de teto demonstra uma inclinação mais sutil até o porta-malas.

As rodas também são novas e variam de 17, 18 ou 19 polegadas, conforme a versão.


Interior luxuoso

A grande diferença está, portanto, no interior do veículo. A fim de deixá-lo em outro patamar no quesito sofisticação, o painel herda várias características do Classe S. Em primeiro lugar, o painel inclinado em forma de cascata se une ao console central. É lá que se encontra a tela de entretenimento em formato vertical de 11,9″ ou 9,5″, dependendo da versão.

O sistema de infotainment traz o sistema MBUX de segunda geração, que dispõe, por exemplo, do assistente de voz mais aguçado capaz de distinguir as vozes dos ocupantes e se conectar com outros dispositivos eletrônicos da própria casa, pela função Smart Home. Desse modo, é possível controlar alguns comandos da casa, como apagar as luzes, desligar o ar-condicionado e até conferir quem está na residência.

Novo Mercedes-Benz Classe C
Divulgação/Mercedes

O painel de instrumentos de 10,25″ ou 12,3″ conta com recursos 3D e de realidade aumentada. Assim, ele consegue projetar a informação do que está a cerca de 4,5 metros à frente do modelo. Ele também dispõe de comando por voz e oferece três estilos de arranjo – Discreto, Sport e Classic.

Pagando mais, o motorista ainda consegue levar o modelo com bancos dianteiros massageadores e aquecidos. A iluminação consegue deixar toda a cabine em uma só cor.

Mercedes Classe C
Divulgação/Mercedes

Motores

De série, todos os motores serão de quatro cilindros. Sem mais V6 ou V8, afinal, o foco não é mais esse. Na nova linha, todas as versões adotam o sistema híbrido leve EQBoost, já conhecido pelos brasileiros.

Ele consegue recuperar a energia durante as frenagens e consegue desenvolver até 20 cv a mais para o motor a combustão. Para as configurações C180 e C200 há o motor 1.5 turbo a gasolina que gera até 170 cv e 25,5 mkgf na versão de entrada e 204 cv e 30,5 mkgf na versão intermediária.

Divulgação/Mercedes

Para a C300, o trem de força é o 2.0 turbo a gasolina de 255 cv de potência. Embora a potência seja a mesma do modelo antigo, o torque é revisto e sobe para 40,7 mkfg. O câmbio para toda a linha é o automático de 9 marchas. A tração integral 4Matic vira opcional. Por enquanto, essa é a versão mais rápida do sedã e acelera de 0 a 100 km/h em menos de 6 segundos.

Embora seja o fim dos motorzões, as variantes a diesel seguem no catálogo em três configurações, que são: C200d, C220d e C300d. Todas são equipadas pelo motor 2.0 com várias potências que vão de 163 cv a até 265 cv.

Versão híbrida plug-in

Posteriormente, a montadora incluirá uma versão híbrida do tipo plug-in na gama. O C300e contará com um motor 2.0 e 204 cv combinado ao motor elétrico de 129 cv. Juntos, fornecem 313 cv de potência e 56 mkgf de torque.


De acordo com a Mercedes, o três volumes conseguirá rodar cerca de 100 km somente no modo elétrico. Nesta opção, a velocidade máxima não passa dos 140 km/h. Para recarregar a bateria de 25,4 kWh, basta plugar o veículo em um carregador de 55 kWh e esperar por 30 minutos. Além disso, ele pode se auto carregar em momentos de frenagem ou desaceleração.

Novo Mercedes-Benz Classe C
Nova geração foi apresentada nas carrocerias de sedã e perua Divulgação/Mercedes

A fim de compensar o peso extra, a configuração híbrida plug-in receberá um suspensão pneumática na parte traseira. De série, o sedã adota uma nova suspensão do tipo multilink independente na traseira como na dianteira.


No momento, a fabricante não revelou sobre o futuro dos modelos AMG. Decerto que não virão com o grandioso V8, mas isso não é motivo para desânimo. Ele terá duas versões com motores híbridos de 2,0 litros que prometem alcançar potências acima dos 500 cv.

Os europeus poderão começar a reservar o modelo já no próximo mês e devem recebê-lo em meados de 2021. Para o Brasil, ainda não há previsão do sedã chegar às concessionárias. Assim como nos EUA, o Classe C deve chegar no final deste ano ou só no ano que vem. Pela primeira vez desde 2018, ele virá ao Brasil importado da Alemanha.



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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.