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Toyota Raize deve chegar ao Brasil direto da Indonésia, país onde ganhou versão GR Sport
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Toyota Raize deve chegar ao Brasil direto da Indonésia, país onde ganhou versão GR Sport

Durante anúncio de lançamento, Toyota confirmou que exportará o SUV subcompacto para 50 países, incluindo nações latino-americanas.

Emily Nery, para o Jornal do Carro

30 de abr, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Toyota Raize GR Sport
Toyota Raize GR Sport
Crédito:Divulgação/Toyota

No início desta semana, o SUV pequeno Toyota Raize e seu irmão gêmeo Daihatsu Rocky estrearam na Indonésia. Além de detalhes sobre a comercialização da dupla, a Toyota anunciou em um vídeo que exportará o compacto do sudeste asiático para outros 50 países, incluindo localidades da América Latina. Portanto, devemos receber o veículo diretamente da Ásia.

Embora a Toyota não tenha nomeado os países que receberão o Raize, é muito provável que o Brasil esteja nesta lista. Afinal, a categoria dos SUVs pequenos é estratégica no país, pois combina o DNA de veículo urbano, à melhores índices de consumo e visual moderno.

Vale lembrar, inclusive, que no começo de 2020 o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) homologou o Raize. Na gama da fabricante japonesa, ele deve ficar posicionado abaixo do Corolla e acima do Yaris.

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Toyota Raize GR Sport
Divulgação/Toyota

Destaques do SUV

O jipinho é montado em uma plataforma derivada da bem sucedida TNGA. Assim, ele mede 4,03 metros de comprimento, 1,71 metros de largura, 1,63 metros de altura e 2,52 metros de entre-eixos. Com o intuito de obter isenções fiscais, a versão indiana no compacto utilitário esportivo é ligeiramente menor e mede 3,99 metros de comprimento.

Assim, ele chega na Indonésia com duas opções de conjuntos mecânicos. O primeiro utiliza o motor 1.0 turbo que gera até 98 cv e 14,2 mkgf de torque máximo, enquanto o segundo dispõe do motor 1.2 aspirado de três cilindros que garante até 88 cv e 11,4 mkgf.


A depender da versão, o câmbio pode ser automático do tipo CVT ou manual de cinco marchas. No país do sudeste asiático, a Toyota oferece o SUV em duas versões: 1.0 G Type, 1.2 G Type e GR Sport

Toyota Raize GR Sport
Divulgação/Toyota

Versão GR Sport

A Toyota também disponibiliza uma configuração assinada pela divisão esportiva Gazoo Racing para o Raize. Ele utiliza o motor 1.0 turbo de 98 cv, apresenta visual esportivo, traz suspensão diferenciada e recebe um “kit aerodinâmico”


No quesito segurança, o SUV subcompacto apresenta assistência de mudança de faixa, sistema de pré-colisão, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de tráfego cruzado traseiro, monitor de ponto cego, alerta de saída de faixa de rodagem com assistência no volante e seis airbags.



Câmbio pode desfavorecer importação

Por se tratar de um SUV de entrada, a importação pode ser prejudicial para sua comercialização no Brasil. Por causa do dólar alto, o produto pode chegar a um preço muito maior do seu valor verdadeiro. Na Indonésia, por exemplo, o Raize custa a partir de 219.900.000 rúpias indonésias, o que equivale a cerca de R$ 82,4 mil na conversão direta.

Diferentemente do México, a Indonésia ainda não possui acordos bilaterais de comércio com o Brasil. Então, caso o produto venha para cá, ele recebe um acréscimo de 30%, oriundo do imposto de importação, além do dólar alto. Desse modo, ele deverá custar muito mais do que seus rivais diretos produzidos no Brasil, como será o caso do Nissan Magnite, por exemplo.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”