A Montana deixou de ser feita no Brasil. Aliás, dias antes do anúncio da produção da nova Montana, a picape veterana já havia saído de cena na Argentina. Seja como for, a GM não fez um anúncio oficial, mas a picape parou de ser feita no dia 30 de abril.
Assim, para de ser vendida aqui também. Portanto, as últimas unidades são as que estão nos estoques das concessionárias.
A Montana estava na Argentina desde 2011. Contudo, sua situação não era das mais favoráveis. Se no Brasil temos a Fiat Strada como líder de vendas do segmento, na Argentina são as picapes médias que dominam o mercado. A Toyota Hilux, por exemplo, foi o veículo mais emplacado no país vizinho em 2020.
Ou seja, no ano passado teve 184 emplacamentos. Nesse interim, a Hilux emplacou 19.064 unidades. Da mesma forma, no Brasil as vendas da Montana não iam bem. Nesse sentido, a Chevrolet emplacou apenas 6.654 Monta em 2020. Logo, a picapinha derivada do Agile ficou apenas na 58ª posição no ranking geral. Segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionárias. Para comparação, a Fiat Strada e a VW Saveiro somaram, respectivamente, 80.041 e 30.965 unidades no ano passado.
Vendas já foram bem melhores
Seja como for, a picape que surgiu baseada no Corsa e, posteriormente, passou a fazer parte da linha Agile, já viveu dias melhores. Dessa forma, seu melhor momento foi em 2012. Ou seja, naquele ano, a Montana foi o terceiro comercial leve mais emplacado no Brasil. Assim, somou 48.471 mil vendas.
Porém, na Argentina a Montana nunca chegou a esse patamar. Ou seja, para a Chevrolet, o protagonismo sempre foi da S10. Da mesma forma que no Brasil, o melhor ano de vendas da picapinha por lá foi 2012. Porém, estamos falando de apenas 3.229 unidades. Ou seja, bem menos que as 23 mil Hilux e 7 mil S10 emplacadas no mesmo ano.
Diferentemente do Brasil, onde tinha motor 1.4 flexível de até 99 cv de potência, a Montana vendida na Argentina tinha o 1.8 apenas a gasolina. O quatro-cilindros veterano gera 106 cv.
Além de manter motores antigos, a Montana não recebia atualizações importantes há cerca de dez anos. Ou seja, manteve também o visual, com dianteira igual à do Agile. Bem como a lista de equipamentos enxuta. No mesmo sentido, era um dos poucos veículos da GM vendidos na região sem controle de estabilidade.
Seja como for, na Argentina a Montana era oferecida em duas versões: LS, por cerca de R$ 73 mil e LS Pack, por uns R$ 78 mil. Ou seja, esses valores foram calculados com base na conversão direta do peso para o real, sem impostos. No Brasil, a picape era vendida apenas na configuração LS e tinha preço sugerido de R$ 78.790.
Vai sair de linha no Brasil?
Com o anuncio da produção da nova Montana no Brasil, é uma questão de tempo para a atual geração ser descontinuada.