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Veja os 7 SUVs que ainda custam menos de R$ 100 mil
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Veja os 7 SUVs que ainda custam menos de R$ 100 mil

Dólar alto, falta de suprimentos, impostos. Os motivos são muitos, mas o fato é que o SUVs compactos subiram vertiginosamente e são poucas as versões com valores abaixo dos R$ 100 mil

Emily Nery, para o Jornal do Carro

06 de mai, 2021 · 12 minutos de leitura.

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Tracker
Chevrolet Traccker encareceu 16% um ano após sua estreia e apenas uma versão custa menos do que R$ 100 mil
Crédito:Chevrolet/Divulgação
redes sociais

Há algum tempo, o Jornal do Carro vem noticiando os aumentos quase que mensais de alguns SUVs. Muitas de suas versões atingiram a barreira simbólica dos R$ 100 mil no ano passado e reduziram drasticamente as opções do consumidor que busca um carro mais alto e tecnológico. Até hoje, 6 de maio, existem apenas 7 modelos cujos valores ainda não chegaram a essa marca de preço. Confira quais são:

1) Chevrolet Tracker – R$ 96.100

chevrolet tracker  R$ 100 mil
Chevrolet/Divulgação

A nova geração do modelo, que estreou no início da pandemia no Brasil, em março do ano passado, está há um pouco mais de um ano no mercado registra um aumento percentual médio de 16,4%.

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Em termos de comparação, quatro das cinco versões custavam menos de R$ 100 mil na época do lançamento. Hoje, há apenas uma opção abaixo dessa marca: a versão manual turbo atualmente custa R$ 96.100. Isto é, R$ 14.100 a mais do que os R$ 82 mil iniciais.

Tal configuração dispõe do motor 1.0 turbo que gera até 116 cv a 5.500 rpm atrelado ao câmbio manual de seis marchas.

De série, ele oferece 6 airbags, controle eletrônico de estabilidade e tração, luzes diurnas em LED, sistema de imobilização do motor, alarme anti furto, rack de teto, painel de instrumentos digital de 3,5″, central multimídia com tela de 8″ e bancos de tecido, por exemplo.


2) Hyundai Creta – R$ 90.490 e R$ 98.490

Creta R$ 100 mil
Hyundai/Divulgação

Prestes a trocar de geração, o Creta oferece duas versões na faixa dos R$ 90 mil – Action e a estreante Smart Plus. Nesse ínterim, a antiga configuração de entrada Attitude, que custava R$ 76.990, despareceu do configurador do site.

Se compararmos os valores da gama em meados de agosto de 2020, quando ganhou uma nova linha, aos preços atuais, houve um encarecimento médio de 5,8%. Cabe pontuar, no entanto, que quem impulsionou esse reajuste foi a versão Action, que subiu de R$ 83.390 para R$ 90.490.


Em contrapartida ao Tracker, a Action e Smart Plus utilizam câmbio automático de seis marchas. O motor, por sua vez, se trata do Gamma 1.6 que gera até 130 cv.

Hyundai R$ 100 mil
Nova geração do Hyundai Creta chega em agosto no Brasil Divulgação/Hyundai

No quesito segurança, o Creta utiliza recursos como controle de estabilidade e tração, alarme perimétrico, assistente de partida em rampa, sinalização de frenagem de emergência, sistema Stop&Go de parada com partida automático do motor e piloto automático com controles no volante.


Já a versão Smart Plus adiciona central multimídia com TV digital de 7″, rodas de liga leve de 17″ diamantadas, câmera de ré, DRLs em LED, ar-condicionado automático e digital, sensor crepuscular e monitoramento de pressão dos pneus.



3) Volkswagen Nivus

Volkswagen Nivus
Volkswagen/Divulgação

Há exatos 28 dias, noticiamos o aumento de preço da dupla T-Cross e Nivus e nesse meio tempo, o SUV cupê já registrou um novo aumento. Com reajustes quase que mensais, não levará muito tempo para o modelo superar os R$ 100 mil. Isto é, na versão de entrada. Pois a versão de topo Highline já chega aos R$ 111.820.


A configuração Comfortline, que chegou ao mercado em junho custando R$ 85.990, hoje é comercializada por nada menos que R$ 97.580. Assim como o T-Cross, ela disponibiliza o motor 1.0 TSI de até 128 cv a 5.500 rpm e 20,4 mkgf a 2.000 rpm. O câmbio é automático de seis marchas.

De série, o Nivus desfruta de faróis full-LED, piloto automático com controle automático de velocidade, controle de estabilidade e tração, câmera traseira, sensores de obstáculos dianteiro e traseiro, ar-condicionado digital, alerta de frenagem de emergência e seis airbags. Compõem essa lista o painel de instrumentos virtual e a central multimídia VW Play de 10,1 polegadas.

4) Jeep Renegade – R$ 89.990

Jeep-Renegade-frente

Após extinguir a configuração 1.8 Flex destinada ao público PcD, a versão STD assume como opção de entrada e beira os R$ 90 mil. O valor é R$ 10 mil a mais do que os R$ 79.990 anunciados na chegada da linha 2021, no final de julho.

Enquanto o Renegade não adota o novo motor 1.3 T270 de 185 cv, o propulsor flexível disponível é o 1.8 E.torQ Evo que gera até 139 cv a 5.750 rpm e 19,27mkgf a 3.750 rpm. Por sua vez, o câmbio é automático de seis marchas e a tração é traseira.

O pacote de itens inclui controle eletrônico de estabilidade e tração,  assistência à frenagem, piloto automático, sistema de acionamento do motor Start&Stop, assistente em rampas, freio de estacionamento eletrônico, controle de estabilidade para trailer e rodas de liga leve de 16″. Além disso, há um painel de instrumentos digital de 3,5″.


5) Nissan Kicks – R$ 90.390 e R$ 98.390

Novo Nissan Kicks 2022
Pedro Danthas/Jornal do Carro/Estadão

Uma das boas surpresas da nova linha do Kicks, pós reestilização, foi congelamento de preços da linha 2020. Ainda sim, a versão de entrada Sense 1.6 com câmbio manual de cinco marchas custa R$ 90.390. Já quem optar pelo câmbio automático CVT que simula 7 marchas pagará R$ 98.390.

Um dos pontos fracos da nova linha, no entanto, foi não ter alterado o modesto motor 1.6 flexível de 114 cv a 5.600 rpm e 15,5 mkgf a 4.000 rpm. Desse modo, a Nissan reforçou a lista de equipamentos, que agora inclui seis airbags, controles de tração e estabilidade, sistema de partida em rampa e câmera traseira de estacionamento. Np quesito conectividade, a central multimídia de 7″ tem conexão com Apple CarPlay e Android Auto.


A configuração Sense com câmbio automático ainda adiciona piloto automático e rodas de liga leve de 16″, DRLs em LED.

6) Caoa Chery Tiggo 2 – de R$ 77.090 a R$ 91.190

caoa chery
Caoa Chery/Divulgação

O pseudo-SUV é o único da lista cuja toda a linha fica abaixo dos R$ 100 mil. Obviamente, seu tamanho é menor e sua lista de equipamentos mais enxuta. Mas não se engane, o aumento médio de 14,1% do crossover levou a versão de Look AT, por exemplo, dos R$ 72.390 em outubro, aos R$ 83.790.

Sem nenhuma adição nos itens embarcados, o Tiggo 2 conta com central multimídia de 8″, sensores de estacionamento, volante multifuncional com piloto automático, indicador de pressão dos pneus e rodas de liga leve de 16″ em todas as variantes.

caoa chery
Caoa Chery/Divulgação

As configurações mais caras, como a Look com câmbio automático (R$ 83.790) adota câmera traseira, descansa braço e novos modos de condução. A versão Act (R$ 91.190), por fim, emprega teto solar com acionamento elétrico, assistente de subida em rampas, controle de tração e estabilidade, bancos com revestimento premium e rodas de liga leve de 16

Sob o capô, o motor é o 1.5 flex de 115 cavalos e 14,9 mkgf. O câmbio pode ser manual de cinco marchas (somente na versão Look MT) ou automático de quatro marchas.

7) JAC T40 Plus – R$ 85.490 e R$ 95.990

JAC T40 Plus
Divulgação/JAC Motors

Em quatro versões, duas com câmbio manual de cinco marchas e duas com câmbio automático do tipo CVT que simula seis velocidades, o T40 Plus parte de R$ 85.490. O adição de Plus na nomenclatura faz alusão a reestilização do SUV compacto, que adotou um visual mais “clean”.

O motor, contudo, segue o mesmo: o 1.5 VVT 16V aspirado que gera até 127 cv a 6.000 rpm e 17,1 mkgf a 4.000 rpm.

O grande destaque para a reestilização ficou a cargo dos novos itens de série. Mais recheado, ele passa a adotar sensor de estacionamento, luzes diurnas de LED, piloto automático, faróis de neblina, sensor crepuscular assistente de subida em rampas e controle de tração e estabilidade. No interior, ele oferece câmera panorâmica de 360º, central multimídia de 10″ compatível com Android Auto e Apple CarPlay.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.