Aos que pensam que os carros por assinatura seriam o máximo que a indústria automotiva pudesse adentrar na modalidade dos “serviços digitais automotivos”, está enganado. A Tesla anunciou recentemente que irá oferecer seu modo de condução semiautônoma, o Full Self-Driving (FSD), por US$ 200 ao mês (cerca de R$ 1.048 na conversão direta).
Desse modo, os clientes da marca de Elon Musk poderão solicitar o serviço por US$ 10 mil ( R$ 52,6 mil sem impostos inclusos), caso queiram pagar de uma só vez.
Todavia, se preferirem utilizar o software em momentos pontuais, como durante uma viagem ou por um período de teste, o preço mensal varia entre US$ 99 e US$ 199 (R$ 517 e R$ 1.039 na conversão direta).
O preço mais baixo é destinado aos motoristas que possuem o agora descontinuado Enhanced Autopilot. Esse pacote de assistência ao condutor já inclui alguns recursos presentes no Full Self-Driving.
No entanto, motoristas cujo carros não possuem o kit de hardware Tesla HW3 devem pagar US$ 1.500 para atualizar o computador de bordo antes de assinar o software.
Sistema Autopilot não é 100% autônomo
Ainda que o nome Full Self-Driving se refira à uma condução totalmente autônoma de nível 5, essa não é a proposta do pacote. Isso porque, mesmo com a tecnologia, ainda há a necessidade da atenção do condutor. Além disso, em casos de emergência, o sistema pode solicitar que o motorista assuma o controle do veículo.
Todavia, o FSD usa uma série de recursos de assistência ao condutor. Estão presentes a navegação no piloto automático, mudança de pista automática, estacionamento automático, bem como leitor e controle de faróis e placas de trânsito.
Por fim, ele carrega também o assistente de estacionamento Summon. Como um serviço de vallet, o proprietário consegue solicitar que o carro venha até ele.
Volkswagen quer cobrar aluguel do sistema autônomo
Assim como a Tesla, a Volkswagen estuda oferecer o pacote de assistência ao motorista por assinatura. Essa possibilidade foi mencionada pelo CEO da Volkswagen, Thomas Ulbrich em entrevista para revista Top Gear. Desta forma, a linha de modelos elétricos ID deverá ser a primeira a adotar o serviço “opcional”.
Entretanto, o tabelamento de preço é bem diferente do apresentado pela Tesla. Conforme o executivo estimou, a montadora poderia cobrar o aluguel por até 7 euros (cerca de R$ 43) por hora.
GM já cobra pelo serviço nos EUA
Nos EUA, a General Motors cobra para deliberar funções semiautônomas em seus carros. O Super Cruise é um software que, entre outros recursos, permite que o motorista tire as mãos do volante, acelerador e freio por longos períodos de viagem ou em condições de trânsito intenso. Por lá, o serviço custa cerca de US$ 25 (R$ 153) mensais.
Marcas já oferecem serviços por assinatura no Brasil
No Brasil, algumas montadoras oferecem serviços parecidos por assinatura. As plataformas de conectividade Jeep Adventure Intelligence, Fiat Connect Me e Hyundai BlueLink são alguns exemplos.
Seus serviços são gratuitos somente durante o primeiro ano ou pelos primeiros seis meses de uso. No caso da plataforma da Hyundai, o preço sobe para R$ 29,90 por mês após o fim do período de teste.