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Salão do Automóvel de São Paulo de 2022 vai acontecer em Interlagos
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Salão do Automóvel de São Paulo de 2022 vai acontecer em Interlagos

Maior feira de carros da América do Sul, Salão do Automóvel de São Paulo retornará em 2022 direto do maior palco do automobilismo no Brasil

Diogo de Oliveira

14 de set, 2021 · 6 minutos de leitura.

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SUV Fiat Fastback Salão do Automóvel
CONCEITO FIAT FASTBACK NO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE 2018
Crédito:CRÉDITO: JOSÉ PATRICIO/ESTADÃO

Após hiato de quase quatro anos, o Salão do Automóvel de São Paulo voltará em 2022. Mas não será um retorno qualquer. Pela primeira vez, a maior feira de carros do Brasil e da América do Sul acontecerá no principal palco do automobilismo no País e na região: o autódromo de Interlagos. Tal como já ocorre com grandes festivais de música, como o Lollapalooza.

A informação ainda não é oficial, mas fonte ligada ao evento confirmou ao Jornal do Carro que “é isso mesmo”. Ou seja, o Salão do Automóvel vai mudar para Interlagos no ano que vem. Na sua última edição, em 2018, o evento aconteceu no São Paulo Expo, o antigo Pavilhão de Exposições Imigrantes, à margem da rodovia Imigrantes, na zona Sul da capital.

carros
SERGIO CASTRO/ESTADÃO

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Nova data e nome

Por tradição, a feira de carros em São Paulo costumava acontecer no mês de novembro, coincidindo com o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Dessa forma, os fãs que vieram ver a corrida podiam aproveitar o fim de semana para passear no Salão do Automóvel. Contudo, caso a mudança para Interlagos se confirme, a data do motorshow mudará.

A expectativa é de o evento, então, aconteça em agosto – portanto, daqui a só 11 meses. Além disso, em vez de Salão do Automóvel de São Paulo, será chamado de “São Paulo Motor Experience by Salão do Automóvel”. O novo batismo tem a ver com a proposta de feira, que será a céu aberto e com variadas atrações para além da exposição dos carros em si.

festival duas rodas
JF DIORIO/ESTADÃO

Menor risco de contágio pela Covid-19

Um dos pontos fortes da proposta de mudança do evento é justamente o fato de o autódromo de Interlagos ter uma grande área aberta. Dessa forma, haverá mais segurança em relação aos riscos de contágio por Covid-19 durante a feira. Mesmo com o avanço da vacinação no País, a organização trata com cuidado deste item específico, por questões sanitárias.

Com o Salão do Automóvel a céu aberto, a organizadora RX (antiga Reed Exhibitions Alcântara Machado) espera reagrupar as montadoras. Antes mesmo da pandemia começar, houve uma debandada da feira de 2020. Várias empresas comunicaram – quase que simultaneamente – que não iriam participar daquela edição do motorshow paulistano.

À época, a principal questão que levou várias montadoras a cancelarem a participação no Salão de São Paulo foram os altos custos com a feira. Na ocasião, alguns executivos chegaram a citar um valor de cerca de R$ 20 milhões para ter um estande. BMW, Chevrolet, Toyota e um total de 15 marcas anunciaram, então, que não participariam.


Na mesma época, várias feiras de carros no mundo enfrentavam o mesmo problema. Os Salões de Detroit (EUA), Frankfurt (Alemanha) e Paris (França) tiveram debandadas. Entretanto, com o advento da pandemia, surge a necessidade de criar novos formatos de eventos. E, nesse sentido, a ideia agora é focar mais nos negócios e nas experiências com as marcas.



Como será o Salão do Automóvel em Interlagos?

O Autódromo de Interlagos tem uma pista de 4,3 km de extensão que oferece ampla área de gramado no entorno. Nos últimos anos, o circuito serviu de palco para festivais de música. Dentre eles, o maior e mais famoso é o Lollapalooza. Assim, é provável que o “São Paulo Motor Experience by Salão do Automóvel aproveite todo o espaço com atrações.

Dessa forma, poderá utilizar a área do paddock e dos boxes, que é um bom local para a revelação dos produtos pelas montadoras. Ou mesmo a grande reta da pista, para test drives. Há ainda um pequeno circuito off-road no miolo do autódromo, que poderá receber testes mais realistas com veículos 4×4. Mas tudo isso se as marcas toparem.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.