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Após retomada, GM vai dobrar produção do trio Onix, Onix Plus e Tracker
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Após retomada, GM vai dobrar produção do trio Onix, Onix Plus e Tracker

Fábricas da GM em Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP) vão retomar a produção em dois turnos nos dias 27 de setembro e 4 de outubro

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

23 de set, 2021 · 5 minutos de leitura.

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produção
GM voltou recentemente a desligar as máquinas na fábrica de Gravataí, no Rio Grande do Sul, onde produz a linha Onix
Crédito:Chevrolet/Divulgação

Foram cinco meses de pesadelo para a General Motors no Brasil. Entre março e agosto, a montadora se viu obrigada a parar a produção dos novos Onix e Onix Plus por falta de chips. Mas, ao que parece, a fase difícil passou. A GM anunciou a retomada do segundo turno na fábrica de Gravataí (RS). A planta de São Caetano do Sul (SP), parada há dois meses, também voltará ao ritmo normal.

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Chevrolet/Divulgação

Previstas para, respectivamente, os dias 27 de setembro e 4 de outubro, as retomadas das unidades gaúcha e paulista visam “dobrar a produção atual”, prevê Santiago Chamorro, presidente da GM América do Sul. Para o executivo, a normalidade da produção visa “atender à demanda dos clientes Chevrolet”.

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Nesse sentido, a meta é acabar o quanto antes com a fila de espera tanto da dupla Onix e Onix Plus quanto do SUV Tracker, que dura média de 30 a 45 dias, conforme informaram algumas concessionárias da marca consultadas pelo Jornal do Carro.

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Chevrolet/Divulgação

Mesmo tendo ficado por meses fora de produção, o Onix Plus permanece como o sedã mais vendido do Brasil. Foram 29.840 unidades de janeiro a agosto, apontam dados da Fenabrave, associação que reúne os concessionários no País. O Toyota Corolla vem na sequência, com pouco mais de 28 mil emplacamentos.


Mas o posto de automóvel mais vendido do País em 2021, que já foi do Onix, agora está com o Fiat Argo, que soma 60.507 unidades.



Tracker virá com tudo

Da mesma forma, a GM vai incrementar a produção do SUV Tracker, que, até uns meses atrás, brigava pela liderança da categoria. Para se ter ideia, o modelo fechou o mês de março com 6.410 emplacamentos. À época, foi o SUV mais vendido do Brasil, ocupando a 5ª posição do ranking geral. Já em agosto, foram 1.293 unidades e a 26ª colocação da lista.

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Chevrolet/Divulgação

Além de subir os números de unidades vendidas, a meta da GM é retomar a primeira posição no ranking das marcas para a Chevrolet, que liderava o mercado brasileiro desde 2015. Hoje, o título está, então, com a Fiat, que aproveitou muito bem os últimos meses para emplacar seus modelos. A italiana tem dominado o pódio com Argo, Mobi e Strada.

S10 continua em ritmo normal

Com o aumento da produção, todas as fábricas da GM no Brasil passam a operar em dois turnos. Mas cabe salientar que o complexo de São José dos Campos (SP), onde são feitos Trailblazer e S10, o ritmo voltou ao normal em maio. Dessa forma, a picape alcançou a liderança do segmento em agosto, ultrapassando a rival Toyota Hilux em mais de 400 unidades. Respectivamente, 4.798 e 4.363 emplacamentos.

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Chevrolet/Divulgação

Por falar na Toyota, a japonesa vai deixar de produzir o sedã Corolla entre os dias 13 e 22 de outubro na fábrica de Indaiatuba (SP). O motivo é a falta de peças importadas da Malásia. O país asiático continua fechado e com circulação restrita da população por causa do avanço da variante delta do novo coronavírus.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”