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Citroën promete lançar um carro novo por ano no Brasil até 2024
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Citroën promete lançar um carro novo por ano no Brasil até 2024

Lançamentos de modelos, como o novo C3 e o furgão elétrico e-Jumpy, fazem parte da estratégia do novo plano de crescimento da Citroën no País

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

12 de nov, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Citroën
C3 deve chegar até março em nova geração para ser o pontapé inicial do crescimento da Citroën no Brasil
Crédito:Citroën/Divulgação

Com apenas um modelo à venda no Brasil, no caso, o SUV C4 Cactus, a Citroën continua discreta no País, com vendas tímidas e uma rede de concessionárias em reconstrução. Mas essa realidade promete mudar muito rápido. Isso porque a marca francesa vai lançar, no início de 2022, a nova geração do C3. E não para por aí, afinal, este é apenas o primeiro passo da transformação da Citroën. No horizonte, no entanto, há também mais modelos, incluindo carros 100% elétricos. Tudo chega até 2024.

Por meio de live, nesta sexta-feira (12), a Citroën detalhou como quer chegar aos 4% de participação de mercado no Brasil até 2024 baseada em quatro pilares. E é assim, cheia de número “quatro” que a marca francesa lançou o “4 All”, seu novo plano de crescimento para o Brasil e a região da América do Sul.

Um dos principais pilares da renovação da Citroën é ser uma marca para todos. Justamente por isso a escolha da denominação 4 all – no inglês, o som do número “4” remete à conjunção “for” (para), principalmente nos aplicativos de conversas e redes sociais. E é assim, buscando uma linguagem mais descolada, que a fabricante pretende se aproximar das pessoas – e conquistar clientes, com carros mais acessíveis.

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Além do mercado brasileiro, a Citroën quer duplicar sua participação na Argentina, chegando a 7%. No Chile, almeja 3% de participação. Nesse sentido, a ideia consiste em conquistar 4% de market share na América do Sul até o fim de 2024.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

Produtos

Mas, para que esses números se tornem realidade – hoje, a marca tem só 1% de participação de vendas do mercado brasileiro – é necessário ter produtos. Com produção local na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, o C3 – que teve revelação global em setembro – será o primeiro deles. Chega até março de 2022 para brigar entre os compactos de entrada.


O novo C3, dessa maneira, vai na direção do mercado e ganha estilo de SUV. Assim, vem para vender grande volume e com preços competitivos. Tal como revelamos no Jornal do Carro ao longo deste ano, o novo Citroën C3 terá versões com motor 1.0 flex e câmbio da Fiat, além de uma grande multimídia no topo do painel. As marcas agora são da Stellantis.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

No horizonte, há também mais modelos, incluindo a importação do furgão elétrico ë-Jumpy. Por meio de estratégias como essa – lançar produtos em nichos que estão em ascensão, como SUVs e elétricos -, a Citroën quer crescer 50% no Brasil até meados de 2022. Para atender a demanda, o número de revendas, então, passará dos atuais 123 pontos para 175.


Citroën
Citroën/Divulgação

A partir disso, até 2024, a marca lançará mais dois produtos. Não se sabe quais, ao certo. A marca, entretanto, deu a entender que está disposta, ainda, a importar outros veículos caso seja esse o desejo do consumidor local. Dessa maneira, pode ser que o novo C5 AirCross híbrido (foto acima) também esteja a caminho.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”