Você está lendo...
Usados baratos: veja 10 carros que custam menos de R$ 30 mil
Mercado

Usados baratos: veja 10 carros que custam menos de R$ 30 mil

Apesar da forte inflação nos preços em 2021, ainda é possível encontrar hatches e sedãs usados por menos de R$ 30 mil; compra exige atenção

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

12 de jan, 2022 · 12 minutos de leitura.

Publicidade

ranking vendas usados VW Gol
VW Gol é o carro mais vendido de julho com 11.925 emplacamentos
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Os carros usados continuam hiper valorizados no Brasil neste início de ano. Com os preços dos modelos 0-km nas alturas, e as montadoras ainda em recuperação da crise dos chips, o jeito para muitos consumidores é buscar opções mais acessíveis que caibam no bolso. É uma questão matemática: mesmo modelos populares, como Renault Kwid e Fiat Mobi, atualmente custam a partir de R$ 50 mil.

Ou seja, os veículos usados passaram a ser as únicas opções para quem não tem grana para levar um 0-km. Recentemente, o Jornal do Carro elaborou uma lista dos carros de até R$ 40 mil. Mas, agora, listamos 10 carros usados que custam até R$ 30 mil. O levantamento foi feito com base no catálogo da Carupi, startup de compra e venda online de usados e seminovos.



Publicidade


Lição de casa

Garimpar opções no mercado de usados exige paciência e cuidados. Antes de sair para procurar, vale pesquisar sobre reposição de peças e custos de manutenção das opções escolhidas. É crucial também fazer um test-drive antes de fechar o negócio. Afinal, qualquer carro pode apresentar falhas e problemas mais graves, não importa se tem duas décadas de uso ou é um seminovo com baixa quilometragem. Portanto, atenção! Confira abaixo a lista de opções de carros usados por menos de R$ 30 mil.

Volkswagen Gol: R$ 26 mil

Divulgação/Volkswagen

Abrimos a lista com o Gol, um dos carros mais populares do Brasil e que será aposentado ao fim deste ano. Esse adeus, contudo, será apenas um até logo, pois o Gol vai voltar totalmente remodelado por volta de 2024. Seja como for, o hatch é o campeão de vendas da marca alemã e, por isso, há diferentes gerações do Gol disponíveis no mercado de usados.


Uma delas é a terceira linha do popular (G5), que marcou a grande transformação do modelo neste século. O modelo Mi, de 2011, é equipado com motor 1.0 8V flex de 71 cv de potência. O hatch pode ser encontrado por um valor de R$ 26.500 e, dependendo da negociação, pode sair até mais barato que isso. Um ponto que chama atenção nessa versão é o consumo na estrada que, com gasolina, faz 17,8 km e, com álcool, 15,6 km de média.

Ford Fiesta: R$ 28 mil

O Fiesta também está na lista de carros que se despediram do mercado brasileiro, desde 2019. O modelo fez muito sucesso no mercado nacional e até já foi considerado um carro premium. Mas, perdeu força com o fechamento das fábricas da Ford. Apesar disso, pode ser uma boa opção para quem busca um carro confortável.


Nessa lista, vale a mencionar a versão Sport 1.0 8V flex, de 2014, que oferece até 73 cv de potência e 9,3 kgfm de torque. Na faixa dos R$28.750, podendo achar por menos, é possível encontrar um carro com ar-condicionado, rádio, travas elétricas, airbag duplo e farol de neblina.

Fiat Uno: R$ 26 mil

Fiat Uno usados
Divulgação/Fiat

O Uno, mais um modelo que deu adeus ao Brasil, é encontrado por preços inferiores a R$30 mil. Contudo, é necessária uma boa pesquisa. Aqui, vamos citar a versão Vivace, de 2016, equipada com motor 1.0 8V flex e câmbio manual de 5 marchas. Esse conjunto pode entregar uma potência máxima de 75 cv e torque de 9,9 kgfm.


No entanto, um dos principais destaques do modelo é o excelente consumo. De acordo com os dados do Inmetro, com gasolina, são 11,8 km/l na cidade e 14 km/l na estrada. Já com etanol, os números caem um pouco, mas não desapontam. No total, são 8,4 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada. Além disso, por uma média de R$ 26.350, encontra-se o modelo com freios ABS, airbags frontais, entre outros equipamentos básicos.

Renault Logan: R$ 27 mil

usados
Divulgação/Renault

No Brasil desde 2007, o sedã Logan sempre fez certo sucesso. Contudo, por conta da situação incerta do mercado automotivo na pandemia, a Renault resolveu investir no foco da vez: os SUVs. Por isso, não teremos a nova geração do sedã, bem como o novo Sandero.


Porém, há boas opções do Logan no mercado de usados. Uma delas é a versão Expression com motor 1.0 de 16V. O modelo, ano 2012, entrega 77 cv de potência e 10,01 kgfm de torque. Um dos pontos fortes é o tamanho do porta-malas, com capacidade de 510 litros.

Jac J3: R$ 28 mil

Divulgação

Importantíssimo para a história da Jac Motors no Brasil, o Jac J3 foi comercializado no Brasil entre os anos 2011 e 2017. O compacto, que tinha versões hatch e sedã, foi descontinuado, mas tem bons preços no mercado de usados. Uma versão que vale a pena conferir é a Turin 2014 com motor 1.4 16V. Com preços entre R$ 27 mil e R$ 29 mil, o modelo tem ar-condicionado, travas elétricas e faróis de neblina.


Peugeot 207:  R$ 22 mil

usados
Divulgação/Peugeot

Em 2008, a Peugeot apresentou o 207 nacional. O hatchback com o arrojado estilo da Peugeot, veio para o mercado brasileiro em três versões, sendo elas XR, XR Sport e XS. Contudo, ele nunca chegou a emplacar números excelentes, como o antecessor 206.

Mas, entre os usados, pode ser bom negócio. A versão XR (2013) com motor 1.4 8V flex oferece 82 cv de potência e torque de 12,8 mkgf. Precisa pesquisar com atenção, mas, por uma média de R$ 22 mil, é possível achar uma configuração com alarmes, travas e vidros elétricos, faróis de neblina e bancos com regulagem de altura.


Nissan March: R$ 26 mil

usados
Divulgação/Nissan

O Nissan March é um hatch que os brasileiros viram bastante nas ruas, pois é um dos modelos mais baratos da marca japonesa no Brasil. No entanto, nunca recebeu grandes novidades no mercado nacional. A questão é que, caso esteja à procura de um carro simples e prático, existem muitas versões usadas que são acessíveis.

O March S 1.0 16V flex gera 74 cv e 10 mkgf de torque conectado a um câmbio manual de 5 marchas. O modelo de 2013 chega até 167 km/h de velocidade máxima e tem autonomia de até 504 km com o tanque cheio de gasolina. Ele pode ser achado por valores entre R$ 24 mil e R$ 26 mil, a depender das modificações e histórico.


Chevrolet Corsa: R$ 22 mil

chevrolet
Chevrolet/Divulgação

O Chevrolet Corsa foi um carro de muito sucesso no Brasil, desde seu desenho mais quadrado até o mais arredondado, inclusive, similar ao Gol. Com uma média de R$ 22 mil a R$ 23 mil, é possível encontrar a versão Classic 2012 com motor 1.0 8V Flex que oferece até 78 cv de potência. Mesmo com 10 anos de uso, essa configuração pode ter ar-condicionado, travas elétricas, entre outros equipamentos.

Citroën C3: R$ 23 mil

usados
Divulgação/Citroën

A segunda geração do C3 estreou há pouco mais de dez anos no Brasil, com o intuito de manter a marca francesa como referência entre os compactos premium. O modelo manteve boas vendas por um tempo, mas nunca chegou a ter grandes emplacamentos. Apesar disso, hoje em dia, pode ser uma boa escolha para um seminovo.

Na versão GLX, ano 2012, tem motor 1.4 8V flex de 82 cv e 12,6 mkgf de torque máximo. A autonomia dessa configuração é de 479 km com gasolina. Por uma média de R$ 23 mil, o modelo pode ter computador de bordo, rodas de liga leve, retrovisores elétricos e ar-condicionado.

Chevrolet Meriva: R$ 24 mil


Ainda com fãs no mercado brasileiro, a minivan Meriva foi uma grande aposta da Chevrolet no Brasil. Em 2012, o modelo deu adeus e foi substituído pela Spin. No entanto, ainda circulam usados por bons preços. Uma possível boa escolha é a versão Joy com motor 1.4 8V Flex, que pode ser encontrada por entre R$ 23 mil e R$ 24 mil. O modelo, de ano 2012, chega até 105 cv e 13,4 mkgf de torque. Um bom ponto é o tamanho do porta-malas, que comporta até 390 litros.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”