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Vai renovar o seguro? Veja o preço das apólices dos carros mais vendidos
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Vai renovar o seguro? Veja o preço das apólices dos carros mais vendidos

No ranking, valor mais barato de seguro fica com o sedã Chevrolet Onix Plus, que tem mensalidade por R$ 92; ofertas devem crescer em 2022

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

13 de jan, 2022 · 7 minutos de leitura.

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As 6.161 unidades vendidas do HB20 em fevereiro colaboraram para que a Hyundai subisse para o terceiro lugar do ranking das marcas mais vendidas de fevereiro
Crédito:Hyundai/Divulgação

Faz alguns meses, o Jornal do Carro publicou um estudo que apontou que só 16% dos veículos em circulação no País têm cobertura de seguro. Mas, em agosto de 2021, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) alterou as regras do serviço, e as mudanças ampliaram a oferta e o acesso às apólices. Assim, os novos tipos de cobertura podem ser uma boa alternativa, sobretudo aos modelos que estão em alta no mercado.

Nessa linha, a Youse, plataforma digital de seguros, cotou as apólices dos 10 carros mais vendidos do Brasil em 2021. Mas, vale dizer que a relação não incluiu as picapes. Ou seja, a líder Fiat Strada ficou de fora. Contudo, traz modelos que, em março de 2021, lideravam o índice de roubos e furtos. São os casos de Hyundai HB20, Chevrolet Onix e Jeep Renegade.

A simulação dos valores foi feita a partir do perfil de um homem solteiro, de 38 anos, morador da cidade de São Paulo e que faça uso particular do veículo. Nesse contexto, indica um plano que cobre roubos, furtos, incêndio, alagamento, colisões de qualquer natureza e até perda total. Além disso, o contrato contempla danos materiais a terceiros e guincho.

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Chevrolet/Divulgação

Parcelas começam em R$ 92

Entre os modelos selecionados, as apólices mais baratas são da dupla Chevrolet Onix. Para o sedã, o valor mínimo da parcela é de R$ 92,73 por mês, atingindo um valor anual de R$1.112,76. No caso do hatch, a mensalidade começa em R$ 93,19, e, assim, tem valor anual de R$ 1.118,28. Em contrapartida, o Volkswagen Gol, que também está no levantamento, tem um custo mensal de R$ 124,23 com o seguro.

A lista também traz carros mais caros, como o Jeep Compass, que tem parcela mensal a partir de R$ 314,72. No plano anual, o seguro do SUV médio custa R$ 3.776,64. Em seguida, vem o Volkswagen T-Cross, um dos utilitários mais vendidos de 2021, com mensalidades de R$ 198,92 e apólice anual de R$ 2.387,04. Veja abaixo modelos e valores mensais e anuais:


  1. HB20 Vision 1.6 16V flex AT – R$ 128,16 (R$ 1.537,92)
  2. Argo 1.0 6V flex MT – R$ 114,77 (R$ 1.377,24)
  3. Renegade Longitude 1.8 flex AT – R$ 131,96 (R$ 1.583,52)
  4. Onix hatch 1.0 turbo flex AT – R$ 93,19 (R$ 1.118,28)
  5. Compass Limited 2.0 flex AT – R$ 314,72 (R$ 3.776,64)
  6. Gol 1.6 MSI flex AT – R$ 124,23 (R$ 1.490,76)
  7. Mobi Like 1.0 Fire flex MT – R$ 101,86 (R$ 1.222,32)
  8. Creta Attitude 1.6 flex AT – R$ 122,30 (R$ 1.467,60)
  9. T-Cross 1.0 turbo flex AT – R$ 198,92 (R$ 2.387,04)
  10. Onix Plus LT 1.0 flex MT – R$ 92,73 (R$ 1.112,76)

Novas regras de seguro

Elaborados pela Susep, os novos critérios para a oferta de seguros de automóveis foram publicados no Diário Oficial da União no dia 13 de agosto de 2021. Dessa forma, elas visam desenvolver o mercado com mais liberdade de escolha e personalização de apólices. Então, o consumidor pode pagar menos. Na prática, isso viabiliza a contratação de coberturas.

De acordo com a entidade, uma das principais novidades é a possibilidade de contratar o seguro sem identificar o veículo. Dessa forma, a apólice fica atrelada ao condutor, e não ao carro. Como visto no mercado internacional, a medida facilita, assim, a vida de quem aluga carros ou faz assinatura. Isso pode aliviar o bolso dos motoristas de aplicativos, por exemplo, que adotam o compartilhamento de automóveis.

seguro
Gabriela Biló/Estadão

“O consumidor terá mais opções. E poderá pagar menos pelo seguro. Sem contar a flexibilidade extra para encontrar produtos que atendam seus interesses específicos. A opção de ter o seguro ligado ao condutor (e não ao veículo) pode ser conveniente para diversos consumidores”, argumenta Rafael Scherre, diretor da Susep.

Personalização

Além disso, as novas regras permitem, ainda, que o interessado monte a sua própria cobertura. De acordo com Scherre, o cliente pode escolher entre diferentes opções, mais ou menos abrangentes. Ou seja, tal como apólices com cobertura parcial, ou as que dispensam aplicação de franquia em caso de indenização integral. E essa liberdade já praticada por algumas seguradoras, reflete diretamente no custo final.



Outra mudança é que o seguro fica passível de ativação/desativação pelo contratante durante o uso do veículo. Então, isso também reduzirá os custos. “Esperamos um crescimento significativo do mercado com a ampliação de cobertura, inclusão e, principalmente, inovação”, argumenta Scherre. Para o diretor da Susep, agora há base para um ambiente favorável à concorrência e aos novos negócios. Ou seja, com menos restrições regulatórias.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.