Você está lendo...
Chevrolet anuncia que tem 265 mil carros com internet a bordo no Brasil
Mercado

Chevrolet anuncia que tem 265 mil carros com internet a bordo no Brasil

Batendo recorde de carros conectados, GM afirma que vai integrar plataformas de streaming à multimídia dos veículos da marca

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

14 de jan, 2022 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

Black Friday
Chevrolet dá desconto de quase R$ 40 mil na picape S10 em ação da Black Friday
Crédito:GM/Divulgação

Pioneira nos serviços conectados a bordo de veículos no Brasil, a Chevrolet anunciou os mais recentes números dos seus serviços conectados. De acordo com a fabricante, já são cerca de 265 mil automóveis conectados no País. Esse número recorde inclui toda a linha oferecida pela Chevrolet no Brasil – desde o Onix até a picape S10.

A conectividade permite que os clientes optem por utilizar serviços como o Wi-Fi veicular, o OnStar (que engloba serviços de concierge, segurança e de emergência) e o aplicativo myChevrolet. A adesão a esses serviços vem crescendo rapidamente. Para se ter uma ideia, segundo a Chevrolet, houve um aumento de 30% em relação ao ano anterior.

A tendência acontece também em outras fabricantes. Em 2021, a conectividade a bordo passou a estar presente em modelos como Hyundai HB20, Fiat Toro e Jeep Compass – três exemplos nacionais que passaram a vir de fábrica com um chip de telefonia.

Publicidade


”Os serviços conectados crescem exponencialmente porque o motorista já percebeu o seu valor. Seja no que se refere à comodidade, praticidade ou, principalmente, tranquilidade”, comentou o diretor de Serviços Conectados da GM América do Sul, Jaime Gil. “Um dos maiores benefícios é a maior segurança aos passageiros’.”

seguros
Chevrolet/Divulgação

Tecnologia OnStar

Lançada em 2015, a plataforma OnStar estabelece uma conexão do automóvel com uma central de atendimento. Por isso, caso algum acidente grave ocorra, a localização é informada de forma imediata aos atendentes, que entram em contato com os passageiros.


O serviço também emite alertas para o WhatsApp do proprietário do veículo. São desde avisos sobre revisões próximas até alertas sobre o veículo – por exemplo, sobre a bateria com baixo nível de carga.

Isso é possível porque a tecnologia está integrada à arquitetura eletrônica do carro. Ou seja, além da carga da bateria e da hora da revisão, é capaz de identificar possíveis problemas.

De acordo com a Chevrolet, de 2020 para 2021, as manutenções periódicas sinalizadas pelo app cresceram 70%. Por fim, o OnStar também permite atualizações remotas dos sistemas do veículo via OTA (over the air). Ou seja, o proprietário não precisa levar o veículo até uma concessionária para este serviço.


Carro conectado
Divulgação/Chevrolet

Conectividade avançada

Outro recurso que está crescendo no mercado são os comandos do veículo à distância, por meio do smartphone. Como, por exemplo, travar e destravar portas, ligar o motor e o ar-condicionado ou consultar a quilometragem do veículo. Na Chevrolet, em 2021, foram cerca de 400 mil acessos. 

”Muitas famílias utilizam um único automóvel e acham importante que informações como a localização e o estado de manutenção do veículo possam ser compartilhados”, afirma Gil. “Dá para verificar o nível de combustível no tanque ou verificar se o carro já chegou ao seu destino”, complementa o executivo da GM.




No entanto, o grande destaque fica para o Wi-Fi nativo, a mais recente tecnologia que foi implementada pela marca. O serviço chegou ao país com o Cruze 2020 e possui sinal de internet 4G e, conforme promete a GM, é 12 vezes mais estável.

Além disso, é possível conectar sete aparelhos ao mesmo tempo para trabalhar. Pode parecer exagero, mas é algo importante na agricultura de precisão, por exemplo. Vale dizer que, para esse serviço, há planos de 2GB, 5GB, 10GB e 20GB.

Divulgação/Chevrolet

Plataforma de streaming?  

O próximo passo já está traçado. A GM afirmou que vai integrar os aplicativos de streaming como o Spotify e a assistente Alexa na multimídia Mylink dos modelos da marca.

Sendo assim, não teria necessidade de parear o sistema com um aparelho externo para oferecer essa conexão. Ainda segundo a marca, a novidade vai estrear em breve no novo SUV Equinox.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”