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BMW começa a revelar seus novos carros elétricos, o SUV iX1 e sedã i7
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BMW começa a revelar seus novos carros elétricos, o SUV iX1 e sedã i7

Sem muitos detalhes de motorização e desempenho, sedã BMW i7 promete alcançar 600 km de autonomia; SUV iX1 pode chegar ainda em 2022

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de mar, 2022 · 7 minutos de leitura.

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BMW
Sedã i7 promete se destacar pelos recursos tecnológicos
Crédito:Divulgação/BMW

Depois de lançar o SUV iX no início do ano, com direito a pré-venda no Brasil e apresentação com live na Twitch, a BMW vai revelar mais dois modelos inéditos. Na última semana, a marca bávara divulgou o primeiro teaser do i7, seu novo sedã elétrico executivo que vai desafiar o Tesla Model S. Em seguida, a alemã mostrou uma imagem do iX1, futuro SUV de entrada movido por baterias. Assim, com estes modelos, a BMW vai de vez para cima da marca de carros elétricos do bilionário Elon Musk.

A montadora está fazendo um grande suspense, principalmente, em relação ao i7, que tem estreia mundial prevista para abril. Na revelação, a BMW chegou a afirmar que o foco principal do sedã está na tecnologia embutida, que traz recursos de última linha da marca. Apesar disso, não confirmou qual será o motor que vai equipar o modelo de luxo, muito menos os dados de desempenho.

i7 terá 600 km de autonomia

BMW
Divulgação/BMW

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Apesar de não revelar os detalhes do conjunto mecânico, a marca fez questão de afirmar que a autonomia, de acordo com a certificação do ciclo europeu WLTP, ficará entre 580 e 610 km. Ou seja, terá um alcance similar ao i4, que tem bateria de 81 kWh e chega a 590 km. Já em relação ao consumo de energia estará em 18,9 e 19,7 kWh/100km.

Como dissemos, a fabricante também não confirmou qual será o desempenho do i7. Contudo, é quase certo que o modelo será o mais parrudo da nova geração da Série 7 da BMW. Assim, é bem provável que ele ultrapasse os 700 cv de potência, com baterias de 120 kWh.  



”O BMW i7 totalmente elétrico também é o BMW Série 7 mais potente. Oferece a combinação única da melhor experiência de condução e a melhor experiência digital. Isso o torna o veículo ideal para tomadores de decisão responsáveis e pioneiros”, afirmou Frank Weber, Membro do Conselho de Administração da BMW AG.


Visual elegante

No teaser, o BMW i7 faz uma aparição leve, mas que mostra um design bem característico da marca bávara. O destaque fica para o novo design dos faróis, que estão mais finos e com elementos de luz em vidro cristal. Já a grade de duplo rim está mais imponente, com um contorno luminoso que referencia a motorização elétrica. Além disso, também há entradas de ar maiores.

No interior, a atenção vai para o luxo da cabine. De acordo com a BMW, o i7 virá com diversos detalhes em cristal. Na frente, terá o BMW Curved Display, que são barras de luz que contornam as duas telas digitais curvas acopladas de 12,3 e 14,9 polegadas, que servem como central multimídia e exibem as principais informações do veículo. O sedã também vem com um teto de vidro panorâmico e um sistema de iluminação adaptável segundo o gosto do condutor.

Divulgação/BMW

Mas, o verdadeiro chamariz do sedã, com certeza, é a BMW Theatre Screen no banco traseiro. Esse recurso traz uma tela de 31 polegadas que se estende do forro do teto. Ela tem 8k de resolução e transforma o carro em uma sala de cinema exclusiva e privada. Nela, há uma variedade de serviços de streaming.

SUV iX1

Divulgação/BMW

Já o BMW iX1 traz uma proposta mais ”esportiva”. De acordo com a fabricante, o SUV compacto pode alcançar até 438 km com uma carga de bateria. Já em relação ao consumo de energia, os números vão de 17,3 a 18,4 kWh/100km. Assim como o sedã i7, também não há informações sobre motorização e desempenho. Mas, ele deve herdar o mesmo sistema do iX3 e i3, que oferecem 286 cv e 340 cv, respectivamente. O motor deve ser traseiro.


Apesar de não confirmar os detalhes, a marca alemã afirmou que o iX1 terá a quinta geração do eDrive, que traz uma maior facilidade em questões de mobilidade. Além disso, vale dizer está ligado a nova geração do X1, que será lançada em breve. Logo após a versão a combustão, virá a híbrida plug-in e, por fim, a elétrica.

Divulgação/Carcoops

Em questões estéticas, o teaser o iX1 revela faróis duplos imponentes, com uma iluminação em LED. A grade é mais estreita, mas tem vincos que tornam o visual mais agressivo, além do contorno com linhas azuis que indicam a motorização elétrica. Os para-choque também são novos e oferecem um visual bem robusto e esportivo.


No mais, espera-se que o SUV seja espaço internamente e tenha um painel digital e central multimídia entregados, bem como o sedã. O iX1 pode chegar ao mercado ainda em 2022.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”