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Toyota anuncia R$ 50 milhões para renovar Corolla sedã e fábrica em SP
Mercado

Toyota anuncia R$ 50 milhões para renovar Corolla sedã e fábrica em SP

Modernização da fábrica de Indaiatuba (SP) começará ainda neste ano; Toyota Corolla deve receber mudanças estéticas e ganhar mais tecnologia

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

01 de abr, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Ação solicita dados pessoais da vítima e pede para baixar aplicativos duvidosos
Crédito:Toyota/Kelly Buarque/Divulgação

No fim de fevereiro, o Jornal do Carro trouxe a informação de que a Toyota iria renovar o Corolla neste ano. Pois a notícia agora está confirmada. A marca japonesa anunciou que vai investir um total de R$ 50 milhões na fábrica de Indaiatuba, no Interior de São Paulo, para modernizar a linha de montagem e o sedã médio, que receberá sua ”reestilização de meia vida”.

De acordo com a Toyota, a renovação da unidade deve começar ainda em 2022. No entanto, não traz mais detalhes sobre previsões de lançamento ou quais serão as estratégias.

Segundo a imprensa japonesa, o sedã vai ganhar cara nova por lá até o fim do ano. Provavelmente, em outubro. No Brasil, onde a linha 2023 chegou recentemente, tudo deve permanecer como está, ao menos por enquanto. Assim, o líder absoluto do segmento de sedãs médios deve passar por alterações só no ano que vem.

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Toyota Corolla
Divulgação/Toyota

”Seguimos firmes em nossa estratégia de oferecer um veículo competitivo e atrativo aos nossos clientes de toda a América Latina. Há mais de 20 anos, nossa planta em Indaiatuba demonstra sua capacidade para gerar negócios de forma bem-sucedida”, afirmou Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

Novo Corolla

Com base em informações, o facelift do Corolla previsto para estrear primeiramente no Japão – depois, nos modelos europeu, norte-americano e brasileiro – sugere novo design para faróis e lanternas traseiras. Bem como grade dianteira e os dois para-choques (projeções abaixo). Contudo, como o carro ainda não apareceu em testes, tudo o que ouvimos a respeito são especulações.


Corolla
Kleber Silva/KDesign

Haverá mudanças na paleta de cores da carroceria e, por dentro, o banco do motorista terá mais espaço para a cabeça. No mais, não fica descartada, por exemplo, a inclusão de nova central multimídia com atualização remota, novo software e quadro de instrumentos com tela de até 12,3″ para o Corolla. Além disso, ainda em equipamentos, espera-se inclusão de novas funções ao sistema de segurança Toyota Safety Sense.



Vale lembrar que o sedã esta à venda aqui no Brasil desde 1994, com produção iniciada em 1998. Em novembro do ano passado, o Corolla bateu uma marca importante de 50 milhões de unidades vendidas no mundo. Por aqui, desde 2014, o modelo lidera na categoria.


Mecânica pode mudar?

As informações da imprensa internacional apontam que o sedã descontinuará o motor 1.8 quatro cilindros. A ideia, portanto, é trocá-lo pelo 1.5 híbrido de três cilindros Dynamic Force – usado no Yaris europeu. Isso vale para os modelos vendidos do outro lado do mundo. Aqui, a combinação 1.8 + elétrico continua firme.

A opção 1.2 litro turboalimentada provavelmente deve chegar a outros mercados. O 2.0 quatro cilindros aspirado vendido por aqui nas configurações mais baratas (agora exportado para os EUA) também permanece em cena.

Corolla
Kleber Silva/KDesign

No total, são seis versões de acabamento oferecidas no Brasil: GLi, XEi, Altis Premium, GR-S, Altis Hybrid e Altis Hybrid Premium. Em relação às potências, são, portanto, 177 cv (2.0 flex aspirado) e 122 cv (híbrido flex). Preços partem de R$ 145.350, segundo o site oficial.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”