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Toyota renova SUV RAV4 e Camry volta híbrido ao Brasil; veja os preços
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Toyota renova SUV RAV4 e Camry volta híbrido ao Brasil; veja os preços

Após sair de linha, Toyota Camry surge híbrido e bem equipado, com novo pacote de itens de segurança; SUV médio RAV4 também traz melhorias

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

23 de mai, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Toyota Camry
Novo Toyota Camry híbrido chega ao Brasil com motor 2.5 a gasolina e três elétricos
Crédito:Divulgação/Toyota

Cerca de um ano após sair de linha, o Toyota Camry está de volta. O sedã grande retorna ao Brasil somente na versão híbrida XLE, tal como a rival Honda fez com o Accord e:HEV. Assim, a marca japonesa amplia a sua gama de eletrificados, ao lado da dupla Corolla sedã e Corolla Cross, ambos híbridos flex, e do RAV4, que também tem novidades. O Camry híbrido chega mais caro, por salgados R$ 331.790, enquanto o SUV médio tem tabela de R$ 301.140.

Sob o capô, o sedã da Toyota ganhou motor 2.5 a gasolina de quatro cilindros, que gera 178 cv de potência e um torque de 22,5 mkgf. O conjunto traz ainda outros três motores elétricos que entregam mais 120 cv e 20,6 mkgf. Dessa forma, o Camry híbrido tem 211 cv combinados. O câmbio é automático CVT e a tração é dianteira. Com o sistema híbrido, o modelo traz quatro modos de condução: Normal, Eco, Sport e EV, quando roda com eletricidade.

Toyota Camry
Divulgação/Toyota

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O que muda no visual?

No design, o Toyota Camry não traz mudanças significativas. Ele recebeu nova grade e entradas de ar. O para-choque, também redesenhado, agora tem acabamentos cromados, assim como o restante da carroceria. De acordo com a marca, uma das principais novidades são as novas rodas de liga leve de 18 polegadas, com desenho mais esportivo.



Por dentro, o sedã também passou por uma repaginação. Ele ganhou revestimento de couro premium nos bancos, volante e câmbio. Além disso, tem teto solar panorâmico com abertura elétrica, iluminação ambiente com LEDs e painel com peças de madeira. Vale destacar ainda a central multimídia de 9″, que tem conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay. Já o quadro de instrumentos tem outra tela de 7”. No mais, o sedã conta com ar-condicionado digital de três zonas, tela de controle para os passageiros do banco de trás, entre outros mimos.  

Divulgação/Toyota

Recursos semiautônomos

Com status de “sedã de luxo”, o Toyota Camry recebeu melhorias em relação ao pacote de segurança na linha 2023. Entre eles, estão alerta de mudança de faixa, sistema de pré-colisão e faróis altos automáticos. Além destes, traz os dispositivos presentes na linha anterior, como, por exemplo, assistente de direção de emergência, controle de cruzeiro adaptativo com alerta sonoro e visual, frenagem automática de emergência e alerta de ponto cego.

Toyota RAV4 2022
Toyota/Divulgação

RAV4 2022

No caso do SUV médio, as mudanças visuais são igualmente discretas. Por fora, tem como novidade o desenho de luzes dos faróis e as rodas de liga leve de 18″. O modelo está disponível somente na versão SX Connect Hybrid, com o mesmo sistema híbrido do sedã Camry, porém com 222 cv. Ele une o motor 2.5 litros a gasolina a três motores elétricos. Entretanto, no SUV a tração é integral. Ele também conta com quatro modos de condução.


Dessa forma, as principais melhorias estão nos conteúdos. A Toyota reforça a lista de segurança do RAV4 com alertas de ponto cego e de tráfego traseiro, e os recursos semiautônomos do pacote Safety Sense agora passam a detectar pedestres e ciclistas no sistema de frenagem automática de emergência. Ele mantém funções já presentes, como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), assistente de permanência em faixa e farol alto automático.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”