Conforme prometido, a Volkswagen revelou nesta quinta-feira (7) a nova geração da Amarok. Depois de vários teasers, eis que a picape média surge completamente renovada. Já como modelo 2023, o nova Amarok terá produção conjunta com a Ford Ranger na África do Sul. Assim, por ora, não virá ao Brasil, onde a picape atual terá atualização.
Esta segunda geração da Amarok será vendida nos Estados Unidos, na Ásia e em outras regiões que não incluem a América do Sul. A picape é 10 centímetros maior que o modelo conhecido dos brasileiros, 5,35 m de comprimento. Já o entre-eixos de 3,27 metros tem 17,5 cm extras para os ocupantes. Entretanto, a largura agora é de 1,91 m (diminuiu 3,4 cm). E, por fim, a altura está menor, com 1 cm a menos e mede 1,88 metro.
Visual
Como a própria Volkswagen fez questão de informar antes da apresentação oficial, a nova Amarok mistura elementos da Ranger e dos próprios irmãos da marca. A dianteira, por exemplo, tem barras na grade, como no Taos. Contudo, diferentemente do SUV, não são iluminadas por LEDs. Na picape, há duas barras cromadas que vão de uma ponta a outra da carroceria – uma por cima, outra por baixo dos faróis, que têm a tecnologia IQ.Light.
Nas laterais, as caixas de rodas com formato “quadrado” lembram a geração anterior. As rodas têm entre 17″ (aço) e 21″ (liga leve). Já a parte de trás ficou original. Apesar de, inevitavelmente, as picapes optarem por lanternas verticais, a Amarok tem formato diferente. Na tampa, o nome da picape vai impresso em baixo relevo e com letras garrafais.
Já do lado de dentro, a nova Amarok (que tem cabines simples e dupla), de fato pegou emprestado o sistema multimídia SYNC 4, da Ford. Mas modificou e tem opções de 10″ ou 12″. O quadro de instrumentos também é digital de 8″ ou 12″ no topo.
O volante, no entanto, é igual ao do Nivus – com as devidas proporções. Já os botões que ficam abaixo da tela central lembram os modelos da Peugeot. Em síntese, há mais de 20 sistemas de assistência à condução. Controle de cruzeiro adaptativo, leitor de placas de trânsito e câmera de ré, por exemplo, estão no pacote.
Gama de motores
A motorização da Amarok – que tem 80 cm de capacidade de submersão (antes, 50 cm) – vem com novidades. São quatro motores a diesel e um a gasolina. Tudo depende do mercado. Alguns, têm propulsores de origem Volkswagen, outros são Ford. O mais básico trata-se de um 2.0 turbodiesel com quatro cilindros e 148 cv. Dessa forma, há uma configuração modificada para 170 cv. Tem, ainda, o biturbo, com até 40 cv extras, indo a 210 cv.
O catálogo da Amarok tem também motor 3.0 V6 TDI no topo da gama – com até 250 cv. Já a especulada versão híbrida plug-in, pelo menos até agora, não foi cogitada. Tampouco a variante puramente elétrica – possível, devido à plataforma eletrificada da Ranger.
Potência extra
Assim, sem motor sustentável, resta apelar para a gasolina. Nesse sentido, alguns mercados receberão o 2.3 EcoBoost (origem Ford) com turbo e potência de 302 cv. Já a gama de câmbios fica dividida entre manual de 6 marchas ou automática de 10 marchas. Esta última, portanto (usada no Ford Mustang), substitui a caixa de 8 velocidades.
A Volkswagen Amarok conta, ainda, com mais comodidade em termos de tração. A 4Motion tem opções 4×4 ou integral permanente. Assim, por meio do seletor eletrônico, faz-se possível tracionar as quatro rodas a todo o momento. Exemplares com tração traseira também estarão à venda em alguns mercados. A capacidade de carga fica em 1.160 kg. No total, há cinco versões de acabamento. Além da básica, tem a Life, Style, PanAmericana e Aventura.
Para o Brasil, cabe lembrar, a Volkswagen anunciou apenas investimento para a renovação da atual geração. Ou seja, o não haverá nova geração da picape por aqui, afinal, os custos de importação inviabilizariam a sua comercialização local com preços equiparáveis à Chevrolet S10, Ford Ranger, Toyota Hilux, e companhia.