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Carro da GP2 com cores da Ferrari é flagrado em rodovia na República Tcheca
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Carro da GP2 com cores da Ferrari é flagrado em rodovia na República Tcheca

Vídeo postado no Twitter mostra carro de Fórmula da GP2 com tema da Ferrari entre os carros, com o piloto vestido como em uma corrida

Diogo de Oliveira

15 de ago, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Ferrari de F1
Suposto carro de Fórmula 1 da Scuderia Ferrari é flagrado na República Tcheca no meio de rodovia pública e entre carros comuns
Crédito:Twitter/Reprodução

Um fato no mínimo curioso ocorreu no último dia 13 de agosto, na República Tcheca. Motoristas que trafegavam pela rodovia D4, no distrito de Pribram, foram surpreendidos ao cruzar com um suposto Ferrari de Fórmula 1. O carro de corrida aparece, então, trafegando livremente em meio a outros veículos – e com um som bem característico. No vídeo abaixo, publicado no Twitter, é possível ver e ouvir o bólido acelerando em “clima de corrida”.

Na publicação, o usuário @MigueluVe diz que o monoposto é, na verdade, um carro da GP2 com aparência de um F1 da Scuderia. Inclusive, é possível ver o número 7 que foi do piloto finlandês Kimi Raikkonen. Da mesma forma, os patrocinadores que decoram o carro de corrida são os mesmos dos tempos de Raikkonen na equipe italiana. Ele conquistou seu único título mundial de Fórmula 1 em 2007, bem no ano de sua estreia na Ferrari.

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Ferrari de F1
Twitter/Reprodução

Proibido para as ruas

Até o momento, não se sabe quem é a pessoa ao volante do bólido. Ela, inclusive, estava vestida como um piloto profissional, com capacete e uniforme, o que dificulta a identificação. Aparentemente, o passeio com sabor de corrida também não é parte de uma ação promocional, por exemplo. Ou seja, caso as autoridades identifiquem o motorista, ele poderá receber punição, já que não esse tipo de veículo não tem autorização para circular em ambiente civil.

Ferrari
Scuderia Ferrari/Divulgação

Carro de colecionador

Com uso restrito em circuitos fechados, os monopostos de Fórmula 1 normalmente são caríssimos e há poucos exemplares. Esses modelos costumam ser vendidos para colecionadores multimilionários ou ficarem nos museus das equipes e fabricantes. Assim, dificilmente saem das garagens dos donos e tampouco são vistos em vias públicas. No fim deste mês de agosto, um modelo histórico irá a leilão nos Estados Unidos, que pode alcançar R$ 43 milhões.

A casa de leilões RM Sotheby’s vai vender o F300, carro 187 da Scuderia Ferrari que pertenceu ao heptacampeão Michael Schumacher. Com o bólido, o alemão conquistou vitórias decisivas para o título da temporada de 1998 da Fórmula 1. De acordo com a equipe, este foi o último chassi invicto a correr mais de três provas. A Ferrari, inclusive, manteve a unidade até 1999, quando o vendeu ao atual proprietário, que vai leiloá-lo após 23 anos.



A casa de leilões estima, portanto, valores entre US$ 6 milhões e US$ 8 milhões para o F300 que foi de Schumacher. Algo como R$ 32,7 milhões e R$ 43,6 milhões. O icônico modelo irá a pregão entre os dias 18 e 20 de agosto. Ele traz um motor V10 de 3 litros que gera cerca de 800 cv de potência, bem como alcança incríveis 17.500 rotações por minuto. De acordo com a descrição, o atual dono não realizou modificação ou alteração. Ou seja, está intacto.


Além disso, vale dizer que o F300 possui um escapamento “periscópio” que auxilia na redução de calor da caixa de câmbio sequencial de sete marchas. Já o monoposto que foi visto em via pública na República Tcheca não tem identificação. Dessa forma, não se sabe que motor ele utiliza. Mas, no vídeo, é possível ouvir o ronco estalado e metálico típico dos carros de Fórmula.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”